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Alimentação dá maior contribuição para desaceleração do IPC no IGP-M em maio

30/05/2019

A desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) em maio, de 0,69% em abril para 0,35%, dentro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que passou de 0,92% para 0,45% no período, foi determinado principalmente pela devolução das altas no início do ano do grupo Alimentação (0,88% para -0,12%). No grupo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) destaca o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa de variação ficou negativa em 0,13%, após alta de 9,41% em abril.

Outros cinco grupos registraram aceleração no período: Vestuário (1,11% para 0,25%), com influência de roupas (1,32% para 0,29%); Educação, Leitura e Recreação (0,31% para -0,06%), com arrefecimento em passagem aérea (-0,51% para -10,28%), Transportes (1,06% para 0,98%), com a contribuição de tarifa de ônibus urbano (1,94% para 0,53%), Habitação (0,41% para 0,37%), com destaque para material para reparos de residência (0,57% para -0,14%), e Comunicação (0,10% para -0,12%), beneficiado pela deflação em pacotes de telefonia fixa e internet (0,43% para -0,56%).

Por outro lado, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,81%) e Despesas Diversas (0,48% para 0,50%) aumentaram as taxas de variação, com destaque para os itens medicamentos em geral (1,33% para 2,11%) e bilhete lotérico (21,51% para 22,69%), respectivamente.

Influências Individuais

De acordo a FGV, os itens com maior impacto de baixa no IPC-M de maio foram Passagem aérea (de -0,51% para -10,28%), Feijão carioca (de 5,95% para -9,20%), Alface (de -0,27% para -7,00%), Manga ( de 3,01% para -13,79%) e Laranja pera (de 3,90% para -5,40%).

Já as principais influências de alta partiram de Gasolina (de 2,92% para 3,10%), Tarifa de eletricidade residencial (de 1,34% para 1,32%), Etanol (de 1,53% para 3,90%), Plano e seguro de saúde (estável em 0,64%) e Show musical (de 2,53% para 3,80%).

INCC-M

O avanço do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) entre abril e maio (de 0,49% para 0,09%) teve contribuição de Materiais e Equipamentos (de 0,71% para 0,20%), Serviços (de 0,53% para 0,09%) e Mão de Obra (de 0,33% para 0,01%).

Autor: Caio Rinaldi e Thaís Barcellos
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