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Fraudes e erros tiram 33 da lista de desaparecidos em Brumadinho
A Polícia Civil investiga possíveis irregularidades na lista de desaparecidos em razão do rompimento da barragem de Brumadinho, em 25 de janeiro. O número de pessoas não localizadas voltou a ser reduzido nesta quinta-feira, 11, passando de 68 para 52, conforme divulgado pela Defesa Civil. Fraudes e erros motivaram a mudança, segundo as autoridades. No total, além dos 16 desta quinta, outros 17 supostos desaparecidos já haviam sido removidos da relação, totalizando 33 remoções.
O total de óbitos confirmados até o momento é de 225. Em nota, a Polícia Civil afirma que os pedidos de retirada de nomes da lista de desaparecidos “tiveram como fundamento investigações que demonstraram que as pessoas que estavam na lista foram incluídas de forma errônea, por parentes ou terceiros”, e, em seguida, houve confirmação que estavam vivas.
O texto diz ainda que “outros casos foram resultado de inclusão proposital por suspeitos de estelionato que haviam cadastrado nomes de pessoas que não estavam na região, a fim de conseguir vantagem econômica com as indenizações pagas”. Ocorreu ainda, segundo a corporação, repasse de informações por familiares com grafia errada ou nomes trocados. As investigações sobre possíveis estelionatos ainda estão em andamento.
Uma tentativa de fraude ocorreu em 3 de fevereiro com a prisão de um homem que afirmou ter perdido mulher e filha na tragédia. À Polícia Civil, o suposto marido e pai disse que ambas estavam hospedadas na pousada Nova Estância, destruída pela lama. Aos ser questionado por delegados, no entanto, admitiu a tentativa de fraude.
Em 8 de março, conforme informações do Tribunal de Justiça de Minas, uma mulher teve prisão em flagrante decretada depois de se apresentar em Brumadinho na Estação do Conhecimento, ponto para recebimento de documentos de atingidos pelo rompimento da barragem, afirmando que a filha teria sido morta na tragédia. Foi constatado, no entanto, que a certidão de nascimento da suposta vítima era falsa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Leonardo Augusto, especial para a AE
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