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Curso da Faculdade de Medicina Veterinária da USP completa 100 anos

07/04/2019

Você consegue imaginar como era o atendimento de saúde aos animais há cem anos? As primeiras escolas dedicadas ao ensino da veterinária no Brasil surgiram por volta de 1910. A preocupação basicamente era garantir a saúde dos cavalos, principais meios de transporte na época, e entender as zoonoses, ou seja, as doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos.

O Instituto de Veterinária foi criado justamente para atender a essa demanda. Em 1934, com o surgimento da Universidade de São Paulo, a escola de veterinária foi uma das sete que deram origem à nova instituição.

De cem anos para cá, cada vez mais os animais de estimação fazem parte das famílias brasileiras. No País, são 132 milhões de pets entre cães, gatos, aves, peixes e outros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013. Temos a quarta maior população de animais de estimação do mundo, de acordo com informações da Euromonitor, empresa de pesquisa de mercado.

E os médicos veterinários têm papel fundamental para o atendimento dos animais que, por vezes, enfrentam os mais diversos problemas de saúde, maus-tratos e abandono.

Como parte das comemorações dos cem anos do curso, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP inaugura um centro didático, no dia 17 de abril. São cinco salas de aula, com projetores multimídia, telas para projeção simultânea da aula, ar-condicionado individual, cadeiras para destro, canhotos e obesos.

Em junho, haverá uma sessão solene para o lançamento do livro com a história documentada do curso da FMVZ. O evento ocorrerá no Centro de Difusão Internacional (CDI) da USP, em frente à Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP).

“Há cem anos, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da SP tem prestado relevantes serviços à comunidade, contribuindo para o entendimento e práticas de vanguarda numa sociedade que, no século 21, se caracteriza por ser interespécie. Estar ao lado dessa instituição nos permite estreitar laços de pesquisa para oferecer serviços que contribuam para a aproximação entre cães e seres humanos, auxiliando na construção de uma sociedade mais harmônica”, afirma o sócio-proprietário da Ossos do Ofício, Ricardo Assunção, creche e hotel para cães em São Paulo, que apoia o instituto.

“Desenvolvemos atualmente um projeto de pesquisa em conjunto com dois alunos de graduação da faculdade, supervisionada por nosso responsável técnico, cujo objetivo é estudar a importância do convívio social dos cães e o impacto na relação com seus tutores”, enfatiza Fausto Assumpção Fernandes, doutorando em Comportamento Canino pela Veterinária da Universidade de São Paulo.

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