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Com posse marcada para esta quarta, 24, novo diretor-geral do campus Palmeira fala sobre os desafios da sua gestão

23/04/2019
Com posse marcada para esta quarta, 24, novo diretor-geral do campus Palmeira fala sobre os desafios da sua gestão

No ano em que completa 10 anos de Instituto Federal de Alagoas (Ifal), o professor Roberto Fernandes encara mais um desafio em sua vida profissional: assumir a gestão do campus Palmeira. No ano passado, durante as eleições do Instituto, ele foi eleito, em primeiro turno, diretor-geral com 693 votos pela maioria da comunidade acadêmica.

Nascido em Salvador-BA, Roberto ou “Baiano”, como é carinhosamente conhecido em sala de aula, é de uma família humilde, que sempre viu na educação a chance de mudar de realidade. Na infância, entre as brincadeiras de rua com os colegas, havia também os horários definidos de estudo. “Meus pais sempre participaram desse processo, perguntavam sobre meu andamento, orgulhavam-se das notas. Além disso, sempre tive a ajuda da minha irmã mais velha nos estudos”, conta o docente.

Graduado em Licenciatura em Desenho pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), ele possui especialização em Engenharia Ambiental e mestrado em Engenharia Industrial, também pela UFBA. No Ifal, passou pelas coordenações dos cursos de Segurança do Trabalho, Edificações, de polo do E-Tec. Além de ter participado de diversas comissões, como a da criação do curso de Engenharia Civil. Nesta entrevista para a Comunicação do campus Palmeira, “Baiano” revela o porquê de ter encarado o desafio em ser gestor e conta também sobre suas principais motivações.

Comunicação Pín: Professor, por que escolher o magistério para sua vida profissional?

Roberto Fernandes: Primeiro porque sempre admirei meus professores. Inicialmente eu tinha o desejo de ser professor de História. Gostava muita da disciplina, mas sempre tive habilidade em desenhar. Com o amadurecimento, optei por fazer licenciatura em Desenho.

Comunicação Pín: E hoje, o que te motiva na docência?

RF: Eu me descobri depois de estar na docência. Acho que não tem profissão melhor! Você passar conhecimento, renovar-se a cada dia com seus alunos – cada turma traz uma história e uma motivação diferente. Não existe rotina de carreira, nem repetição. O que me motiva é contribuir um pouco com a vida dos nossos alunos, ainda mais em uma cidade como Palmeira dos Índios, localizada no interior de Alagoas, estado que, infelizmente, tem índices defasados quanto à educação.

Comunicação Pín: O que te levou a sair da sala de aula e encarar o desafio da gestão? Por que ser diretor-geral do campus Palmeira?

RF: Sem dúvidas, tem um pouco a ver com minha história de vida. Sempre tive papel de liderança na escola. No ensino médio, fui gremista; já na universidade, participava dos movimentos estudantis. É importante “brigarmos” pela qualidade da educação. Aluno ou docente, o objetivo é um só. Penso que hoje tenho muito a contribuir. É um momento maduro para mim, de satisfação profissional. Aprendi muitos nesses anos de Ifal e acho que é a hora de contribuir ainda mais.

Comunicação Pín: Quais são as suas prioridades para o quadriênio 2019-2023?

RF: Os desafios são grandes. Passamos por um momento delicado. No âmbito administrativo, temos muito a contribuir com o entrosamento de equipe, melhorias na comunicação, acompanhamento de perto da manutenção dos laboratórios e das salas de aula. Os recursos são escassos, mas nosso “produto” é a educação, então temos que entregá-la com qualidade, através de uma gestão participativa.

Comunicação Pín: Em relação à sua equipe… Temos os nomes dos professores Rodolfo Santos (chefe do Ensino Superior), Regina Telles (chefe do Ensino Técnico), Israel Crescêncio (diretor de ensino), além do técnico Cledson Ramos (diretor administrativo). Como se deu a escolha desses nomes?

RF: São pessoas com que pude trabalhar em algum momento meu no Ifal. Estamos falando de profissionais responsáveis e queridos no campus, que conseguem dialogar e estar sempre presentes. Essa foi minha prioridade na escolha. É um grupo forte e competente. A ideia é que eles tenham autonomia em suas funções para decidir da melhor maneira e eu enquanto diretor possa gerenciar e conduzir os processos que “fujam” a esse controle. Trabalharemos de forma afinada.

Comunicação Pín: Quais as suas expectativas para os próximos quatro anos?

RF: Daremos continuidade ao trabalho da gestão anterior. Não misturaremos política com profissionalismo, por isso a intenção é continuar com essas ações e aumentá-las, buscando recursos para o campus, melhorando as instalações, buscando mais projetos de extensão e de pesquisa, fortalecendo nossos eventos científicos e culturais. Fazer com que nossos alunos se motivem e que acima de tudo os servidores se sintam motivados.

Comunicação Pín: Professor, alguma consideração final?

RF: Pedimos a toda a comunidade que some-se a nós, pois nós queremos agregar. Nossa gestão quer estar muito próxima de todos. As pessoas serão ouvidas e poderão participar. Para isso, estabeleceremos um canal direto “servidor-diretor”, “aluno-diretor”. O mesmo ocorrendo na Diretoria de Ensino. Estaremos sempre de portas abertas para recebê-los.