Geral

Prédio destinado a IML está abandonado há 12 anos e deputada Ângela Garrote faz indicação ao Governo para conclusão da obra

22/02/2019
Prédio destinado a IML está abandonado há 12 anos e deputada Ângela Garrote faz indicação ao Governo para conclusão da obra

Há doze anos obra do IML em Palmeira dos Índios está inconclusa

Há 12 anos um elefante branco está fincado às margens da Rodovia BR-316, em Palmeira dos Índios. Uma obra inacabada – desde o governo Ronaldo Lessa – que atravessou três mandatos e não foi concluída.

Lá deveria estar funcionando uma das sedes do Instituto Médico Legal para desafogar o IML de Arapiraca. Hoje o que se vê é uma estrutura inacabada e totalmente abandonada, entregue ao mato, lixo e invasores. O local tem servido de estábulo para cavalos e até para abrigar carros queimados e totalmente inutilizados. A construção do prédio foi iniciada durante o governo de Ronaldo Lessa e está parada desde 2007. Por este motivo, as famílias das vítimas de mortes violentas, seja no trânsito ou no trabalho, homicídio e suicídio, da região, ficam horas à espera do veículo do IML, o “rabecão”, para recolher os corpos dos parentes.

Das viaturas utilizadas no recolhimento de corpos, em todo o Estado, duas foram entregues à direção do IML pelo governador Renan Filho, no início primeiro mandato de Renan Filho e são insuficientes.

São constantes os casos em que corpos de vítimas de armas de fogo ou acidentes são recolhidos horas após o sinistro.

Alagoas tem uma população de mais de três milhões de pessoas, de acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E para atender essa demanda, o estado possui apenas duas sedes do Instituto Médico Legal (IML) ativas, sendo uma Maceió e outra em Arapiraca, que dos 102 municípios alagoanos, é responsável pela realização de laudos cadavéricos e exames de corpo de delito e de lesão corporal em 52 cidades do Agreste e do Baixo São Francisco.

Novo IML de Maceió foi inaugurado em junho de 2018

Em Maceió, o IML do Tabuleiro dos Martins foi inaugurado em junho do ano passado e o governo fez um investimento de R$25 milhões para sua construção.

Serviços

 Além do recolhimento de corpos de pessoas vítimas de acidentes, homicídio e suicídio, os IMLs são responsáveis pelas autopsias, exames de corpo de delito e demais perícias como: exame de lesões corporais, exame de constatação de embriaguez ou intoxicação por substância de qualquer natureza, exame de constatação de violência sexual, exame de sanidade mental, exame de constatação de idade, exame de constatação de doenças sexualmente transmissíveis, e todas as perícias que forem do interesse da Justiça e que demandem a opinião de especialistas em medicina legal. 70% das necropsias realizadas pelo IML são feitas para indivíduos vivos, vítimas de acidentes no trânsito, agressões, acidentes de trabalho, ou delitos que deixam marcas no organismo, como aborto e estupro. As mortes ocorridas por falta de assistência médica ou por causas naturais desconhecidas são encaminhadas para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), subordinado ao município.

Ângela Garrote quer obras do IML sejam retomadas

Indicação

Uma das primeiras indicações da deputada Ângela Garrote na Assembleia Legislativa protocolada no dia 21 de fevereiro foi pedindo ao Governo de Alagoas a retomada das obras do IML de Palmeira dos Índios.

Atenta a situação a parlamentar – que obteve votação recorde no Município – disse que a obra inconclusa “causa prejuízo ao erário estadual, bem como transtornos as famílias palmeirenses e das cidades circunvizinhas da região que sofrem com o desprezo e abandono dos seus entes queridos, que quando falecem de morte trágica ou clínica, ficam abandonados em total desrespeito ao ser humano”.

Ângela Garrote foi a única parlamentar, nos últimos doze anos, que se preocupou com o tema na Assembleia Legislativa de Alagoas cobrando providências para a conclusão da obra.