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Juros passam a subir com dólar, após oscilarem perto da estabilidade com IPCA

08/02/2019

Os juros futuros passaram a subir nesta sexta-feira, 8, com o fortalecimento do dólar ante o real, após oscilarem em torno da estabilidade nos primeiros negócios em meio à leve alta esperada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro e à espera de novidades sobre a reforma da Previdência.

Segundo a fonte, o resultado da inflação ao consumidor em janeiro, o IPCA, contribui para a relativa estabilidade das taxas, porque não deve alterar a aposta do mercado de Selic estável em 6,50% ao longo de 2019. Essa percepção foi reforçada esta semana pelo tom mais conservador do comunicado do Copom.

Na quinta-feira, as taxas curtas e médias subiram em reação ao comunicado e nos longos o movimento foi menor, trazendo desinclinação da curva.

Além do IPCA, o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa de evento do BNDES pela manhã (desde o horário das 9h30) no Rio e o mercado deve monitorar eventual declaração sobre a reforma da Previdência e privatizações. O estado de saúde do presidente Jair Bolsonaro também fica no radar.

Lá fora, prevalecem preocupações com a capacidade de China e Estados Unidos fecharem um acordo comercial até 1º de março, com a desaceleração global e com o risco de, na semana que vem, haver nova paralisação parcial do governo dos EUA por falta de acordo com a oposição no Congresso para construção de um muro na fronteira com mo México.

Às 10h05, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 subia a 6,515%, de 6,46% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2021 indicava 7,22%, de 7,13% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2023 subia a 8,35%, de 8,23% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,11%, a R$ 3,7237. O dólar futuro para março estava em alta de 0,16%, a R$ 3,7285.

Mais cedo, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,53% na primeira quadrissemana de fevereiro, em leve desaceleração ante a taxa registrada na última medição de janeiro (0,57%).

Autor: Silvana Rocha
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