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Juros oscilam perto da estabilidade com dólar e à espera de payroll e Congresso

01/02/2019

Os juros futuros oscilam perto da estabilidade nesta sexta-feira, dia 1º, num movimento de ajuste após a queda de quinta-feira (31) e de olho no fortalecimento do dólar ante o real, que inverteu para o lado positivo, após ter iniciado os negócios em baixa no mercado à vista.

O ajuste da moeda americana decorre das compras após a divisa ter acumulado perdas de mais de 5% em janeiro e encerrado o mês no menor valor desde 26 de outubro de 2018, em R$ 3,6590 no mercado à vista. Mais cedo, hoje, o dólar à vista já caiu mais, até R$ 3,650 (-0,25%), atraindo demanda. O dólar futuro de março também subia 0,45%, a R$ 3,6670 às 9h40, depois de ter registrado mínima em R$ 3,6550 e acumulado queda de mais de 6,5% em janeiro.

As taxas futuras se ajustam levemente em meio ao humor misto nos mercados internacionais e com as expectativas para a reforma da Previdência, também por causa da esperança de vitória no Congresso de candidatos pró-reforma: Rodrigo Maia na Câmara e Renan Calheiros, no Senado.

Além disso, o investidor faz a leitura do IPC-S de janeiro e da produção industrial de dezembro e de 2018, enquanto aguarda ainda pelo relatório oficial de emprego nos EUA, o payroll, de janeiro (11h30).

A produção industrial brasileira subiu 0,2% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, ficando acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, calculada em -0,1%, e dentro do intervalo das previsões, que iam desde uma queda de 1,6% a alta de 0,7%.

Em relação a dezembro de 2017, a produção caiu 3,6%, enquanto as estimativas variavam de um recuo de 4,9% a 2,9%, com mediana negativa de 4,1%. No ano de 2018, a indústria teve alta de 1,1%, que coincidiu com a mediana das expectativas. O intervalo das projeções do mercado ia de 1,0% a 1,7% de expansão.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,57% no fechamento de janeiro, após alta de 0,58% na leitura anterior e expansão de 0,29% no resultado de dezembro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado ficou abaixo do intervalo das expectativas coletadas em pesquisa do Projeções Broadcast, que iam de 0,60% a 0,69%, com mediana de 0,63%. Em 12 meses, o indicador acumulou alta de 4,19%.

Às 9h54 desta sexta-feira, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 estava em 6,385%, de 6,380% no ajuste de quinta. O DI para janeiro de 2021 caía a 7,00%, de 7,01% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2023 indicava 8,12%, de 8,11% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2025 tinha viés de alta em 8,650%, de 8,640% no ajuste de ontem.

Autor: Silvana Rocha
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