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Ao avaliar caso de empresária espancada no Rio, especialista sugere cuidados
O crime contra a empresária Elaine Caparróz levanta discussões sobre cuidados com relacionamentos na internet. Para a gerente da Assessoria Jurídica do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Kelli Angelini, é preciso cautela ao manter contato com desconhecidos na internet, como evitar publicar dados de localização ou passar senhas.
Na internet, não é difícil maquiar ou ocultar a identidade. Para checar se um amigo virtual é mesmo quem diz ser, é possível solicitar informações como nome completo e procurar contatos em comum. “Caso queira se encontrar, é importante buscar locais públicos e informar outras pessoas”, diz Kelli.
O caso
Elaine Caparróz, de 55 anos, foi espancada durante quatro horas pelo advogado Vinícius Batista Serra, de 27 anos, com quem havia se encontrado pela primeira vez na noite de sábado. O agressor foi preso em flagrante, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, após os vizinhos ouvirem pedidos de socorro e chamarem a polícia.
Elaine está internada em estado grave na UTI do Hospital Casa de Portugal, no centro do Rio, e terá ainda de passar por cirurgias reparadoras.
A empresária contou ao irmão que conheceu Serra em uma rede social e vinha conversando com ele havia oito meses. No sábado, resolveram se encontrar pela primeira vez. Elaine o convidou para jantar em seu apartamento.
Ainda segundo o relato de Elaine ao irmão, como foi ficando tarde, Serra pediu para dormir no apartamento da empresária, a abraçou e pediu que ela dormisse com a cabeça em seu peito. De madrugada, Elaine acordou sendo agredida violentamente. A sessão de tortura durou cerca de quatro horas, segundo o irmão.
Com a chegada da polícia, o advogado foi levado para a Cadeia Pública Frederico Marques, em Benfica, zona norte. Segundo o delegado Rodrigo Freitas de Oliveira, da 16.ª Delegacia de Polícia, na Barra, zona oeste, pela gravidade das agressões a conclusão é de que o acusado tentou matar Elaine. Ele vai responder por tentativa de feminicídio. A lei prevê penas mais altas para condenados por assassinatos decorrentes de violência doméstica ou por discriminação e menosprezo à mulher. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Júlia Marques e Roberta Jansen, com colaboração de Marco Antonio Carvalho
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