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Trump rejeita acordo e governo americano segue paralisado
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta segunda-feira, 14, que rejeitou a proposta de um aliado no Senado para acabar com a paralisação do governo americano e manter negociações sobre a construção de um muro na fronteira com o México. Ao deixar a Casa Branca, antes de uma viagem ao Estado de Louisiana, Trump disse que não concordou com a proposta do senador republicano Lindsey Graham, que financiaria o governo por três semanas.
Se as negociações fracassarem nesse período, argumentou Graham, então Trump poderia ir em frente e declarar uma emergência nacional para driblar o Congresso e conseguir o dinheiro para financiar o muro na fronteira com o México – o ponto que desencadeou a paralisação no dia 22.
Trump tem mantido em aberto a possibilidade de declarar uma emergência nacional caso não consiga um acordo com parlamentares. Nesta segunda, no entanto, ele garantiu que, por enquanto, não pensa em tomar essa decisão.
O governo federal está parcialmente paralisado em razão de uma exigência de Trump: ele quer que o orçamento contenha a previsão de US$ 5,7 bilhões para construir um muro ao longo da fronteira com o México, como prometido por ele durante sua campanha.
Os democratas, porém, se recusaram a prosseguir com negociações até que o governo seja reaberto. O orçamento precisa ser aprovado pela Câmara, onde os democratas têm a maioria, e pelo Senado, dominado pelos republicanos. A atual paralisação do governo americano já é a mais longa da história dos EUA e tem afetado cada dia mais o crescimento da economia americana.
A maioria das paralisações administrativas – houve 21 desde 1976 – foi muito curta para ter impacto econômico. No entanto, é mais difícil prever o que vai acontecer desta vez, já que a paralisação se mantém há três semanas.
Com 800 mil funcionários públicos afetados, um quarto dos empregados federais, a paralisação do governo custa US$ 1,2 bilhão por semana à economia. Se continuar assim por mais duas semanas, ela terá custado aos EUA tão caro quanto o muro que o presidente quer construir.
A paralisação tem um efeito cascata no setor de serviços. Em cidades com alto índice de funcionários federais, bares, restaurantes, hotéis e agências de turismo, por exemplo, já começam a lutar pela sobrevivência. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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