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O mar de Maceió

02/12/2018
O mar de Maceió

 Da varanda não canso de me extasiar com o mar da Jatiúca, azul turquesa com matizes verde ou será verde esmeralda azulado? Cor única no universo, privilégio dessa bela terra. Minha intenção era escrever uma crônica sobre essa exuberante visão, entretanto prefiro, com licença de meus querido leitores, repassar o que dois jornalistas escreveram sobre o Mar de Maceió.

O Mar de Maceió, Supera Todas as Expectativas

Bem que Sebastião Nery tentou me avisar que o mar de Maceió era maravilhoso, de águas quentes e limpas, mais de nada adiantou sair de casa preparada levando na bagagem todos aqueles objetivos e elogios rasgados preferidos pelo ilustre jornalista baiano. Por mais que estejamos preparados à experiência que se tem ao chegar em Maceió é muito maior e, de tão incrível, da até para chamá-la de um verdadeiro choque sensorial.

O que mais poderia descrever o fato de acordar sai em direção à praia e dar de cara com um mar que ate então você jamais viu? O mar de Maceió não é qualquer um. Depois de conhecer o esplendor do mar de Alagoas, a gente entende que todos os outros se transformaram em protótipos. Maceió tem o que poderia se chamar de um mar definitivo.

Olhar para aquela beleza liquida é como ser atropelado como vagalhão luminoso e, a partir daí, começa a flutuar num paraíso de águas. Quem conhece as Praias do Francês, Ponta Verde, Maragogi e a fantástica Praia do Gunga sabe muito bem do que eu estou falando.

Na capital de Alagoas o maior prazer é sentar e deixar a paisagem perfeita entra pela retina: os coqueiros inclinados na areia dançando com o vento, a harmoniosa mistura musical da brisa com as outras quebrando ao fundo, o colorado preciso dos guarda-sóis combinando com as toalhas e trajes de banho e o branco das velas enfurnadas rasgando o mar e o céu, dois dos azuis mais belos que existe na face da Terra.

O sol de Maceió aprendeu as regras da hospitalidade com o povo alagoano e, misturado à brisa fresca, toca os banhistas de maneira delicada e generosa. E ao fundo surge aquela imensidão verde-azul-turquesa real radiante, às vezes fosforescendo, que ganha cores de prata na lua-cheia e toques de ouro no amanhecer ou no pôr-do-sol.

 Em Maceió, as férias se transformam numa regalia para os cinco sentidos e os visitantes mergulhados num mundo que aguça a percepção e a sensibilidade. Eu não quero outro em minha vida. Daqui para frente, quando pensar em mar, estarei sempre pensando no de Maceió.

Artigo da jornalista CLÁUDIA TONACO publicado na coluna VIAGENS GERAIS no jornal O TEMPO  de Minas Gerais.

 

O DIA EM QUE DEUS CRIOU ALAGOAS

Escrevi certa vez que Deus, além de brasileiro era alagoano. Em verdade não se cria um Estado com tantas belezas, sem cumplicidade.

Sou capaz de imaginar o dia da criação de Alagoas.

“Ô São Pedro pegue o estoque de azul mais puro e jogue dentro das manhãs encharcadas de sol, faça do mar um espelho do céu, polvilhando de jangadas brancas; quero os entardeceres sangrentos no horizonte e aquelas lagoas que estávamos guardando para uso particular, coloque-as nesse paraíso.

E tem mais, São Pedro,  dê a esse Estado um cheiro sensual de melaço e cubra seus campos com os verdes dos canaviais; as praias ora, as praias deverão ser fascinantemente belas, sob a vigilância de altivos e fiéis coqueiros.

Faça piscina natural dentro do mar, coloque um povo hospitaleiro e bom e que a terra seja fértil e a comida típica melhor que nosso maná.

Dê o nome de Alagoas. E a capital, pela ciganice e beleza de suas noites, deverá chamar-se Maceió e sua padroeira Nossa Senhora dos Prazeres”.

Noaldo Dantas – Poeta paraibano