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Dólar oscila ante real com previsão de liquidez do leilão de linha e alta externa
O dólar oscila sem direção única no mercado doméstico na manhã desta sexta-feira, 21, refletindo ajustes ao fechamento anterior, quando o dólar futuro de janeiro fechou bem abaixo (a R$ 3,8420) da cotação final no mercado à vista (a R$ 3,8561). Por isso, esse contrato futuro mostra leve alta e o dólar à vista passou a cair, depois de exibir um viés positivo nos primeiros negócios sob influência da valorização externa da moeda dos Estados Unidos.
Segundo operadores, pode estar influenciando na baixa do dólar à vista a perspectiva da oferta de liquidez de mais US$ 1 bilhão pelo Banco Central. Interessa aos investidores que pretendem participar dos dois leilões de linha com recompra do Banco Central um dólar mais fraco. A Ptax do meio-dia será usada como referência na venda da moeda pelo Banco Central e quanto menor o seu valor melhor para o comprador nessas operações.
Mas, a correção de baixa à vista é limitada também pelo clima negativo de negócios no exterior, onde persiste a ameaça de uma paralisação parcial da máquina do governo dos Estados Unidos a partir deste sábado e os receios com uma desaceleração global.
Por isso, todas as atenções estarão sobre a terceira leitura do PIB dos Estados Unidos que será divulgada no fim da manhã e no Senado do país, em meio a um impasse no Congresso sobre recursos que o presidente Donald Trump exige para a construção de um muro na fronteira com o México.
Às 9h50, o dólar à vista já rondava a estabilidade, aos R$ 3,8571 (+0,03%), ante mínima pouco antes em R$ 3,8451 (-0,29%). O dólar futuro de janeiro de 2019 seguia em alta, aos R$ 3,8565 (+0,38%).
Pela manhã, os agentes de câmbio vão monitorar os dados das contas do setor externo em novembro e da arrecadação fiscal no mesmo mês (ambos às 10h30). As projeções para o setor externo são de déficit entre US$ 3 bilhões a US$ 500 milhões; mediana negativa de US$ 1,68 bilhão, após superávit de US$ 329 milhões em outubro. Para arrecadação, as estimativas vão de R$ 112,7 bilhões a R$ 191,9 bilhões; mediana de R$ 120,5 milhões, após R$ 131,88 bilhões em outubro. O BC também oferta US$ 1 bilhão em dois leilões de linha cambial (12h15).
Autor: Silvana Rocha
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