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Delegados sugerem a general de Doria uma polícia de Estado, não de governo

13/11/2018

Os delegados da Polícia Civil de São Paulo deram boas vindas ao general João Camilo Pires de Campos – o futuro secretário de Segurança Pública do governo João Doria (PSDB) -, mas disseram ao militar que guardam a expectativa de que ele trate a instituição “de acordo com sua natureza constitucional, como polícia de Estado, e não de governo”.

Em nota conjunta, as duas principais entidades da classe prometem “atuação dedicada”. Os delegados já cobram do general de Doria que “colabore para obtenção do reajuste dos salários dos policiais civis, que atualmente estão entre os piores do país”.

A nota é subscrita pela Associação dos Delegados e pelo Sindicato dos Delegados da Polícia Civil.

“Esperamos que o general Camilo aja com firmeza no sentido de garantir que cada polícia atue nos limites de suas atribuições legais.”

Os delegados abordam um problema que os aflige e fazem uma reivindicação ao general. “Contamos com seu apoio para a recomposição do quadro funcional da Polícia Civil, hoje com um déficit de 13 mil policiais, equivalente a 31% do previsto em lei. Tal medida permitirá a melhoria do atendimento à população nas delegacias e uma maior eficiência na investigação criminal, principal atribuição da Polícia Civil.” (Fausto Macedo e Julia Affonso)

Leia a íntegra da nota dos delegados da polícia civil de São Paulo

“A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp) e o Sindicato dos Delegados de Policia do Estado de São Paulo (Sindpesp) dão boas vindas e desejam sucesso ao general João Camilo Pires de Campos, futuro secretário de Segurança Publica de São Paulo, a partir de 2019.”

“O novo secretário pode contar com a atuação dedicada dos delegados de Polícia do estado para combater a insegurança pública sentida hoje pela população.”

“Esperamos que o general Camilo aja com firmeza no sentido de garantir que cada polícia atue nos limites de suas atribuições legais.”

“Contamos com seu apoio para a recomposição do quadro funcional da Polícia Civil, hoje com um déficit de 13 mil policiais, equivalente a 31% do previsto em lei. Tal medida permitirá a melhoria do atendimento à população nas delegacias e uma maior eficiência na investigação criminal, principal atribuição da Polícia Civil.”

“Também estimamos que o novo secretário, como prometido nas eleições, colabore para obtenção do reajuste dos salários dos policiais civis, que atualmente estão entre os piores do país.”

“Acima de tudo, temos a expectativa de que o novo secretário trate a Polícia Civil de acordo com sua natureza constitucional, como polícia de estado, e não de governo.”

Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

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