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Companhia de Teatro denuncia desrespeito e calote de um ano em Palmeira

08/11/2018
Companhia de Teatro denuncia desrespeito e calote de um ano em Palmeira

A secretária municipal de Cultura de Palmeira dos Índios,  negou ceder  o espaço da Casa Museu de Graciliano Ramos para uma apresentação de uma peça teatral da Companhia Mestres da Graça para escolas de dois municípios já agendada anteriormente em detrimento de uma distribuição de cestas básicas consideradas como ato demagógico da atual gestão.

Os estudantes de Palmeira dos Índios e Igaci que integram a entidade ficaram frustrados diante do argumento da gestão municipal de que o espaço seria utilizado para a entrega de cestas básicas Nutricionais.

A Companhia de Teatro Mestres das Graças repudiou o ato da gestão municipal e disse que a parceria informal que mantinha com a prefeitura não tinha sido oficializada porque a gestão nunca quis assinar um termo de colaboração com a instituição apesar de ter sido solicitado diversas vezes. A companhia disse ainda que alguns trabalhos para a gestão foram feitos sem nenhuma remuneração  financeira e outros com remuneração abaixo de valor de mercado cultural, sendo que uma inclusive ainda não foi quitada, e há um ano a instituição espera pelo pagamento. A instituição mesmo assim manteve a parceria e a espera.

Leia a nota na íntegra publicada nas redes sociais.

” NOTA DE ESCLARECIMENTO E REPÚDIO à Sociedade palmeirense

A Companhia Teatral Mestres da Graça, pessoa jurídica sem fins lucrativos, com sede em Palmeira dos índios, a 10 anos no conjunto de ações no que diz respeito as artes cênicas e a valorização da arte e cultura, vem a público esclarecer e ao mesmo tempo repudiar o DESRESPEITO DA GESTÃO MUNICIPAL DA CULTURA aos artistas e ao teatro palmeirense no episódio acontecido na manhã de hoje.

No ultimo dia 04 de Outubro do corrente enviamos para a Secretária Municipal de Cultura a Senhora Isvânia Marques, conforme anexo, um oficio solicitando que o espaço do Auditório Graciliano Ramos, fosse cedido para hoje 08 de Novembro, onde na ocasião estaríamos realizando duas sessões de teatro para os alunos de Duas escolas municipais uma de palmeira dos índios outra de Igaci (fotos em anexo). Na ocasião o ofício foi recebido pela própria secretária que garantiu que agendaria o espaço. Contudo na manhã de hoje (08) ao chegarmos no auditório para realizar montagem do cenário, maquiagem do elenco e passagem de som, fomos informados que o espaço tinha sido solicitado há alguns dias, depois do nosso ofício pelo Gabinete do prefeito, para realização da entrega das cestas nutricionais via secretaria municipal de assistência social.

Na ocasião o Presidente da Instituição, entrou em contato com a Secretária, que informou que se tratava de uma falha de sua equipe, pedia desculpas mas não poder fazer nada, restando apenas ceder a sede da Apalca, sendo a mesma sem porte mínimo para o público de 120 estudantes mais os professores das Escolas (foto em anexo).

A companhia por sua vez, indignada com tamanha falta de respeito por parte da Gestão Municipal, uma vez que temos uma parceria, mesmo que de boca, porque nunca se quis assinar um termo de colaboração do qual solicitamos diversas vezes, porque realizamos trabalhos para esta gestão sem nenhuma remuneração financeira e com remuneração abaixo de valor de mercado cultural, uma inclusive ainda não quitada a um ano, e mesmo assim mantemos a parceria e espera.

Porém após esse episódio entendemos que não há nenhuma parceria, valorização, nem apoio de fato, a arte e cultura palmeirense e aos seus artistas, Sendo assim a Cia. através de sua diretoria REPUDIA a falta de RESPEITO da gestão municipal para com esta instituição. Informamos ainda que após deliberação dos atores decidimos apresentar o espetáculo no lugar marcado para todo o público presente inclusive as Gestantes, em respeito as escolas que estão aqui no Auditório, ao nosso público, a cidade e pela trajetória histórica que temos.

Por fim reiteramos que a nossa luta e resistência foi, é e sempre será, em favor das artes e de nossa cultura, exigimos respeito acima de tudo pois “se fere nossa existência seremos resistência” por uma política cultural de verdade concreta e continuada, menos faz de conta e por menos pão e circo.
Viva a arte e cultura, viva o teatro, evoé baco!

Palmeira dos Índios, 08 de Novembro de 2018.

A Diretoria da Cia. Teatral Mestres da Graça”