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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, com projeções, balanços e dados

08/11/2018

As bolsas europeias terminaram a sessão desta quinta-feira, 8, sem sinal único. Após uma abertura em alta, apoiada por resultados considerados por investidores positivos da eleição de meio de mandato desta semana nos Estados Unidos, alguns índices acionários do continente pioraram, após a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) traçarem cenários mais pessimistas para o crescimento da região. Além disso, investidores reagiram a balanços corporativos e a indicadores.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,19%, em 367,08 pontos.

O FMI revisou para baixo sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Europa, de 2,6% para 2,3% em 2018 e de 2,2% para 1,9% em 2019, cobrando ainda a redução “urgente” de déficits fiscais e da dívida de Itália e Turquia. A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, previu desaceleração econômica na zona do euro nos próximos anos, apontando para mais riscos. A UE projeta crescimento de 2,1% na zona do euro neste ano e 1,9% no próximo, desacelerando mais em 2020, a 1,7%.

Entre os balanços em foco, a gigante farmacêutica AstraZeneca publicou balanço que agradou aos investidores, o que fez a ação subir 4,03% em Londres. A praça foi ainda apoiada pelo recuo da libra durante o pregão, que tende a apoiar papéis de exportadoras britânicas, enquanto investidores continuaram a monitorar as negociações para a saída do Reino Unido da UE, o chamado Brexit. Já na agenda de indicadores, o superávit comercial da Alemanha ficou em 17,6 bilhões de euros em setembro, após ajustes sazonais, com queda mensal de 0,8% nas exportações e recuo de 0,4% nas importações.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,33%, em 7.140,68 pontos. Lloyds subiu 2,40%, mas Vodafone recuou 0,54%, enquanto a petroleira BP caiu 2,81%.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,45%, a 11.527,32 pontos. Entre as ações mais negociadas, Commerzbank subiu 5,36%, após balanço positivo, mas Deutsche Bank caiu 0,32%, Steinhoff cedeu 2,87% e Deutsche Telekom registrou perda de 0,14%. Siemens subiu 0,76%, após elevar dividendos e anunciar planos de recompra de 3 bilhões de euros em ações.

Na bolsa de Paris, o índice CAC-40 teve queda de 0,13%, a 5.131,45 pontos. Société Générale avançou 2,14%, após balanço que superou as expectativas, mas a petroleira Total caiu 0,58% e a Engi recuou 1,37%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, caiu 0,57%, a 19.429,14 pontos. UniCredit teve baixa de 3,81%, após o banco italiano reduzir suas previsões de receita e capital para este ano. Banca Carigi caiu 8,89% e Intesa Sanpaolo cedeu 1,27%, mas Telecom Italia avançou 1,35% e Banco BPM teve alta de 2,98%.

Em Madri, o índice IBEX-35 fechou com ganho de 0,10%, em 9,177,00 pontos. Santander caiu 0,08% e Banco de Sabadell avançou 0,41%, entre os bancos espanhóis. No setor de energia, Iberdrola subiu 0,80%.

Na bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 subiu 0,11%, a 5.020,71 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)

Autor: Gabriel Bueno da Costa
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