Variedades
‘Não queremos passar por isso outra vez’, diz Elza Soares sobre ditadura no País
Elza da Conceição Soares, mais conhecida como Elza Soares, um dos expoentes da Música Popular Brasileira, esteve no “Programa do Porchat” desta segunda-feira, 29, e falou sobre carreira, vida pessoal e a atual situação do Brasil.
Durante a ditadura militar (1964-1985), ela e o marido, Mané Garrincha, tiveram que deixar o Brasil após a casa em que viviam, no Rio de Janeiro, ter sido metralhada. “Nós estávamos dentro da casa (na hora do ataque). Eu morava no Jardim Botânico e brincava com as crianças na rua. Depois, entramos e começamos a ouvir um barulho de tiroteio. Minha casa foi toda baleada. Fiquei completamente apavorada por causa dos filhos, das crianças. Eu tinha um piano na sala e o piano foi aberto no meio”, conta a cantora.
Fábio Porchat perguntou sobre o que diria para as pessoas que gostariam do retorno da intervenção militar. “Passei por tudo isso e acho que a gente tem que ter muito medo. Medo não, coragem. Porque tudo passa”, respondeu. Elza Soares também parafraseou Cazuza: “Eu ouço o Cazuza… ‘Eu vejo o futuro repetir o passado’. Nada mudou, né?”, disse.
Durante o programa, a cantora também afirmou que faz questão de defender as mulheres, negras e homossexuais: “Fui muito ajudada pelo mundo gay e tenho por eles o respeito imenso, o carinho imenso por eles. Eu brigo muito pelas mulheres, pelos gays. Ninguém tem culpa de ser o que é. Eu brigo muito pela raça também”, enfatizou.
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1SAÚDE
O que é caminhada de gorila: o exercício que está conquistando o mundo, melhorando a força e o equilíbrio
-
2MERCADO ECONOMICO
Como a dona do Ozempic está se reinventando para atender a demanda por seus medicamentos
-
3TRAGÉDIA
Motorista perde o controle colide com duas motocicletas, mata estudante e deixa mais dois feridos em Arapiraca
-
4CRIME
CAC e escultor de imagens sacras: quem é o homem que matou 4 jovens em Arapiraca
-
5PALMEIRA DOS ÍNDIOS
De olho na cadeira de Karla na ALE e uma secretaria, “imperador” pode repensar eleição de outubro