Política

Na liderança em MG, Zema vota em Araxá e promete governo de técnicos

28/10/2018

Com ampla vantagem na disputa pelo governo de Minas Gerais, o candidato do Novo ao Palácio Tiradentes, Romeu Zema, afirmou hoje em Araxá não ser “Deus, herói, salvador da pátria” e prometeu, se eleito, um governo de técnicos, por “não ter rabo preso com ninguém”. O candidato votou pela manhã em escola na região central de Araxá, onde nasceu, no Triângulo Mineiro. Em seguida foi para a casa dos pais. O retorno para Belo Horizonte, onde acompanhará a apuração dos votos, está previsto para o início da tarde.

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado, 27, aponta Zema com vantagem expressiva em relação ao seu adversário na disputa, o senador Antonio Anastasia (PSDB), que governou Minas Gerais por duas vezes. O levantamento dá ao candidato do Novo 68% dos votos válidos, contra 32% do tucano. Se eleito, Zema será o primeiro filiado ao Novo a governar um estado brasileiro.

O candidato voltou a dizer que acredita ter sido o que mais rodou o estado no período pré-campanha e durante a campanha. “Tenho afirmado que com toda a certeza fui o candidato que mais viajou, mais percorreu quilômetros, que mais fez reuniões e eventos e, apesar disso tudo, a minha campanha foi provavelmente a que menos custou dentre as que disputaram a eleição”.

Zema disse que isso é uma mostra do que pretende fazer, caso vença a eleição. “Já tenho demonstrado aquilo que eu quero fazer. É gastar pouco e fazer muito. Caso seja eleito hoje vou ter um secretariado totalmente profissional, porque estou sendo eleito sem ter o rabo preso com ninguém. Vamos trazer as melhores pessoas para poder dar um jeito em Minas Gerais”.

O candidato agradeceu os votos dos eleitores. “Hoje estamos aguardando esperançosos também que vamos ter uma boa votação, e com toda a certeza, vamos mostrar que essa é a nova maneira de fazer política, sem estar agredindo o outro, sem estar mentindo, sem estar criando fatos falsos como foram feitos exaustivamente nos últimos 20 dias”.

Zema afirmou querer “mudar muita coisa”. “Porque as nossas instituições políticas, parece que, de certa maneira, não só deixaram de se desenvolver, como até regrediram durante as gestões do PT, adotando práticas cada vez mais antiéticas, anacrônicas. Eu quero ser junto com o meu partido esse agente de mudança que vai nos levar a um lugar melhor. Não sou Deus, não sou herói, não sou salvador da pátria, mas trabalho muito e vou me cercar das melhores pessoas para poder fazer aquilo que estiver ao meu alcance”.

Autor: Leonardo Augusto, especial para AE
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