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EUA defendem ‘justiça transparente’ no caso da morte de jornalista

20/10/2018

Mais de duas semanas após o desaparecimento do jornalista Jamal Khashoggi, a Arábia Saudita admitiu que o crítico do regime que escrevia para o jornal “The Washington Post” morreu dentro do consulado saudita em Istambul, na Turquia.

Em comunicado, os sauditas imputam a morte de Khashoggi a uma “luta”, mas não trazem informações sobre o estado do corpo após a morte. O rei saudita, Salman bin Abdulaziz, ordenou a reestruturação do serviço de inteligência e a formação de um comitê, sob o comando e supervisão do príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman. Dezoito suspeitos de envolvimento foram presos e estão sendo investigados.

Em declaração na noite desta sexta-feira, 19, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirma que os Estados Unidos seguirão de perto as investigações em torno da morte de Khashoggi e defenderão a justiça “oportuna, transparente e de acordo com o processo”.

Já o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que o anúncio saudita foi um “bom primeiro passo”, mas observou que o episódio é “inaceitável”. Trump afirmou ainda que trabalhará em uma resposta ao caso junto ao Congresso.

A crescente pressão internacional e comentários do governo norte-americano, inclusive do presidente Donald Trump, forçaram que a Arábia Saudita reconhecesse a morte do jornalista.

Khashoggi desapareceu há mais de duas semanas, após visitar o consulado da Arábia Saudita na capital turca para tratar de documentações para seu casamento. Autoridades turcas disseram ter gravações comprovando que o jornalista teria sido assassinado e desmembrado por agentes sauditas dentro do consulado, mas o reino saudita taxou as afirmações como “sem fundamento”, embora não tenha oferecido evidências de que Khashoggi teria deixado o consulado. Fonte: Associated Press.

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