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Especialista analisa declarações de Gisele Bündchen sobre padrão de beleza e auto-estima
A ex top model Gisele Bündchen comentou em entrevista ao Canal GNT sobre padrões de beleza e auto-imagem. Considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo, com uma bem sucedida carreira no mundo da moda, Gisele deu um recado às mulheres, quando questionada sobre padrões de beleza:”o importante é realmente você ser quem você é. Se amar, se aceitar, se respeitar”.
A modelo entrou no mérito de dizer que é inútil as pessoas compararem seus corpos com as imagens vistas nas redes sociais e nas mídias: “hoje em dia tudo tem photoshop, até no celular as pessoas tem o aplicativo do photoshop para manipular imagens. Tem filtros do Instagram, tudo é alterado”, comentou Gisele.
Gabi Lodewijks é coach nutricional na Holanda, e concorda com as declarações ex modelo, e com base no dia a dia de seu consultório, alerta que a mídia tem um poder de influência muito grande, tanto positivo quanto negativo: “Gisele tem razão em afirmar isso. Pois, infelizmente, muitas mulheres, jovens ou mais velhas, levam a mídia tão á sério que acabam adoecendo. A mídia quer impor um padrão de beleza que nao é real e muito menos sustentável para a maioria das mulheres. É preciso ter muita cautela e não acreditar em tudo que se vê por ai”, afirma Gabi.
Gabi alerta que transtornos alimentares como anorexia nervosa, bulimia, TCA (transtorno da compulsão alimentar) e vigorexia, que é obsessão por músculos, afetam desproporcionalmente adolescentes e jovens adultos, por serem os mais ativos nas redes sociais, mas também cada vez mais mulheres adultas estão desenvolvendo transtornos alimentares: “quando algumas mulheres chegam a uma certa idade, sentem-se mais inseguras, e tornam-se também suscetíveis a sofrer da famosa crise dos 30, 40 anos. Então passam a desejar o corpo de antigamente, querem ter o corpo de sua juventude, mas o fato é que a realidade biológica é outra. Não digo que nao é possível, tudo é possível. Eu sempre falo para as minhas clientes que o mais importante é um corpo saudável e não um corpo sarado”, explica a nutricionista.
Para a life coach, devido a padrões impostos pela indústria da moda, muitas mulheres procuram ser excessivamente magra, com índice de massa corporal abaixo de 18: “os métodos que se utilizam para emagrecer a qualquer custo podem levar as pessoas a desenvolver um transtorno alimentar. Muitas mulheres nao querem ser magras para ter saúde e melhorar a qualidade de vida, elas querem ser magras para se encaixarem em um padrão imposto pela mídia. A obsessão pela beleza plastificada e irretocável, pelo irreal, pela gordura zero, é doentia e prejudicial”.
A especialista aponta que, obviamente, isso não significa fazer apologia a obesidade, a descuidar da boa forma, ou não ter uma dieta equilibrada: “qualquer situação em exagero é prejudicial. O que buscamos é o equilíbrio entre a boa forma e viver com qualidade de vida. Claro que muitas pessoas precisam perder alguns quilos por questões além da estética, e sim de saúde”.
“Sempre recomendo às minhas clientes que tomem a decisão de emagrecer por si mesmas, e nao para enquadrar-se ou agradar a outros; nao pela mídia que impõe a magreza como único padrão de beleza”
“Meu trabalho é justamente esse, mostrar às minhas clientes que a saúde vem em primeiro lugar. O emagrecimento, tão desejado por todas, é consequência de bons hábitos alimentares e um estilo de vida saudável. Um estilo de vida saudável nao é apenas comer bem e se exercitar mas sim ter boas horas de sono, diminuir stress, nao fumar, reduzir consumo de álcool, relaxar, construir uma mente sã”, conclui Gabi Lodewijks.
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