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Após euforia de dia anterior e com exterior em queda, Ibovespa inicia em baixa
A manhã desta quinta-feira, 4, é de correção nos ativos brasileiros após o momento de euforia da quarta-feira, 3. O Ibovespa recua, o dólar sobe e os juros futuros são negociados, na maioria dos principais vencimentos com viés de alta.
As variações, entretanto, são moderadas e muito diferentes do ímpeto de valorização doméstica observada na quarta-feira. Como escreveu o colunista do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) Fábio Alves, nos níveis atuais dos preços, o “upside potential” com uma possível vitória de Jair Bolsonaro (PSL) seria menor do que a magnitude de uma onda de venda se Haddad for eleito presidente.
No exterior, as bolsas da Europa recuam, e os índices acionários americanos abriram em queda. Os rendimentos dos títulos de renda fixa nos Estados Unidos, cujo movimento desacelerou a apreciação dos ativos domésticos na tarde de quarta-feira, continuam avançando desde cedo.
Depois de exibir na quarta 3,1540% no fim da tarde e 3,2284% na máxima intraday nesta quinta, o rendimento da Treasury de 10 anos marcava 3,1877 às 10h30. Nesse horário, Dow Jones abria em queda de 0,17%.
No horário acima, o Ibovespa recuava 0,45% aos 82.896 pontos. Na mínima intraday, marcou 82.707 pontos, bem distante, portanto, do último fechamento em alta de 2,04% aos 83.273 pontos.
Em entrevista pela manhã à Rádio Jornal de Recife (PE), Bolsonaro disse que quem “dará as cartas” em seu governo será ele mesmo. “Temos ministros. Mas acima dele tem o comandante, que é Jair Bolsonaro”, disse o candidato, favorável a manutenção de privilégios de diferentes classes numa eventual reforma da Previdência.
Ao fazer referência a Paulo Guedes, o “Posto Ipiranga” do candidato e economista de sua campanha, Bolsonaro enfatizou que não admitirá a volta da CPMF.
O capitão da reserva também referiu-se, em outros momentos da entrevista, ao candidato a vice-presidente, o general da reserva Mourão. O presidenciável disse que não acabar com o 13º salário, proposta defendida por seu vice. “Falei para ele Mourão ficar quieto porque afinal de contas, está atrapalhando”, disse Bolsonaro.
Autor: Karla Spotorno
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