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Correção: Juros recuam, ainda sob efeito do IPCA e expectativa com Datafolha

10/09/2018
Correção: Juros recuam, ainda sob efeito do IPCA e expectativa com Datafolha

O texto enviado anteriormente continha uma incorreção. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) que encerrou em 12,33% foi a do vencimento em janeiro de 2025 e não janeiro de 2023, como informado. Segue abaixo a matéria corrigida:

Os juros futuros fecharam a sessão regular desta segunda-feira, 10, em baixa, com algumas taxas da ponta longa quase estáveis. A expectativa pela pesquisa Datafolha, com os números de intenção de votos para presidente após o ataque ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, trouxe alguma volatilidade aos mercados locais nesta segunda-feira, embora o aumento da exposição do candidato na mídia após o ataque deva, na opinião de alguns analistas, se traduzir em crescimento na preferência do eleitorado. O levantamento será divulgado nesta noite.

A taxa do DI para janeiro de 2020 fechou em 8,50%, de 8,67% no ajuste da quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,92% para 9,79%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou a 11,54%, de 11,58%. A taxa do DI para janeiro de 2025 encerrou em 12,33%, de 12,32%.

As taxas curtas ainda refletiram a redução nas apostas de alta da Selic em 2018, em especial na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana que vem, movimento que, por sua vez, teve início ainda na quinta-feira, após a surpreendente deflação de 0,09% do IPCA em agosto. As longas passaram a tarde oscilando entre a estabilidade e um leve viés de alta, mas com melhora perto do fechamento.

Com o desempenho claudicante do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin – nome preferido do investidor – nas pesquisas, o mercado está apostando em Bolsonaro como o que tem mais chance de evitar a volta da esquerda ao poder. “O mercado está comprando a ideia de Bolsonaro. Ele está há um bom tempo na primeira colocação (nos cenários sem o ex-presidente Lula) e grande parte dos eleitores dele está convicta”, disse Daniel Xavier, economista-chefe do DMI Group.

Enquanto os números não saem, a situação de Bolsonaro é acompanhada muito atentamente e a informação trazida pelo boletim médico divulgado pela manhã, de que o estado de saúde dele “é grave” e que ele teria de passar por nova cirurgia, chegou a trazer algum incômodo. Contudo, a assessoria do hospital esclareceu posteriormente que o boletim divulgado pela manhã “não representa uma piora no quadro do candidato”.

Nos demais ativos, às 16h39, o Ibovespa caía 0,13%, aos 76.318,08 pontos, e o dólar à vista subia 0,20%, aos R$ 4,0922.

Autor: Denise Abarca
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