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Voláteis, juros futuros passam a cair em linha com perda de força do dólar

27/08/2018
Voláteis, juros futuros passam a cair em linha com perda de força do dólar

Os juros futuros passaram a cair, após terem iniciado a sessão com viés de alta, influenciados pela volatilidade do dólar ante o real. A inversão do sinal para queda das taxas acompanhou a perda de força da moeda norte-americana ante o real e no exterior na manhã desta segunda-feira, 27.

Às 9h55, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,51%, após máxima em 8,60% mais cedo, de 8,50% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021 caía a 9,66%, ante máxima em 9,74%, de 9,68% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2023 cedia a 11,17%, ante máxima mais cedo em 11,29%, de 11,27% no ajuste anterior.

No câmbio, o dólar à vista caía 0,46%, a R$ 4,0869. Na máxima após a abertura registrou R$ 4,1159 (+O,25%). O dólar futuro de setembro recuava 0,45%, a R$ 4,0890, ante máxima a R$ 4,1195 (+0,29%) após a abertura.

Segundo um operador de câmbio de uma corretora, o dólar se ajusta corrigindo a alta excessiva da semana passada e também refletindo o efeito positivo de medidas anunciadas na China. Na sexta-feira, o banco central chinês (PBoC) reintroduziu o chamado “fator contracíclico”, para determinar a taxa de paridade do yuan ante o dólar, de forma a impedir que a moeda do país se deprecie de forma muito acentuada.

Além de conter saídas de capital, a ação também tem como objetivo neutralizar críticas dos EUA de que o gigante asiático estaria buscando enfraquecer sua divisa propositalmente

Nesta segunda-feira, foi revelado o boletim Focus, com leve alta nas projeções para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano e 2019.

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA deste ano de 4,15% para elevação de 4,17%. A projeção para o índice em 2019 foi de 4,10% para 4,12%. As projeções para a Selic este ano seguiram em 6,50% ao ano. Já a projeção para a Selic em 2019 permaneceu em 8,00% ao ano. A expectativa de alta para o PIB em 2018, por sua vez, recuou de 1,49% para 1,47%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 2,50%.

Ao longo da semana saem o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de agosto, a Pnad Contínua de julho e o resultado primário do Governo Central, todos na quinta-feira, 30.

Na sexta-feira, 31, serão divulgados o PIB do 2º trimestre e o resultado do setor público consolidado de julho, além da bandeira tarifária pela Aneel. Nos Estados Unidos, na quarta-feira, tem o PIB dos EUA preliminar do 2º trimestre.

Mais cedo foi revelado que o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,37% na terceira quadrissemana de agosto, desacelerando em relação à alta de 0,47% verificada na segunda quadrissemana deste mês.

Autor: Silvana Rocha
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