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Temor com Turquia persiste, mas juros reduzem ritmo de alta no fechamento

13/08/2018
Temor com Turquia persiste, mas juros reduzem ritmo de alta no fechamento

Os juros futuros desaceleraram o ritmo, mas ainda fecharam em alta nos contratos de longo prazo, enquanto as taxas curtas encerraram estáveis. Do mesmo modo, na última hora o dólar reduziu o avanço e voltou a ficar abaixo dos R$ 3,90 e, no exterior, o petróleo diminuiu as perdas no fechamento. Nas ações, o Ibovespa ampliou os ganhos e renovou máximas nesta segunda-feira, 13.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 terminou em 8,43%, de 8,42% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 subiu de 9,52% para 9,56%. A taxa do DI para janeiro de 2023 terminou em 11,03%, de 11,00%, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 11,66% para 11,71%.

A crise na Turquia não arrefeceu no fim de semana, resultando em mais um dia de perdas para ativos de economias emergentes. Após abrirem em alta, os juros inverteram o sinal e passaram a cair ainda pela manhã, com o mercado digerindo medidas de injeção de liquidez adotadas pelo banco central turco e em meio a relatos de que o pastor americano Andrew Brunson poderia ser libertado na Turquia.

O alívio, contudo, foi pontual e os juros retomaram a alta durante a tarde, em razão dos riscos da crise para o sistema financeiro na Europa, uma vez que bancos como BNP Paribas, Unicredit e BBVA estariam bastante expostos à Turquia.

O chefe do comitê orçamentário da Câmara dos Deputados da Itália e porta-voz econômico do Partido da Liga, Claudio Borghi, declarou que ou o Banco Central Europeu (BCE) oferece garantia para limitar os spreads de rendimento dos bônus europeus, ou o euro entrará em colapso.

Às 16h36, o dólar à vista, que nas máximas chegou ao nível de R$ 3,92, avançava 0,80%, aos R$ 3,8990, e o Ibovespa tinha 77.502,46 pontos, alta de 1,29%, embalado pelo fortalecimento das blue chips e com fluxo de investidor estrangeiro na ponta compradora.

Autor: Denise Abarca
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