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Bolsas da Europa fecham em alta, mas tensões na política americana limitam ganhos
Após oscilações, a maioria dos mercados acionários da Europa fechou em alta o pregão desta quarta-feira, 22, com apenas a Bolsa de Milão em queda. A expectativa de que as negociações entre Estados Unidos e China evitem tensões para o comércio global e a alta nos preços do petróleo contaram a favor das bolsas, enquanto o estresse na política americana limitou os ganhos.
Enquanto aguardam que as conversas sobre comércio entre Washington e Pequim, que devem ocorrer até a quinta-feira, impeçam a escalada das tensões entre as duas maiores economias do mundo e no comércio global, como um todo, investidores acompanharam o avanço nos preços do petróleo após o recuo maior que o esperado nos estoques de óleo dos EUA, o que impulsionou de forma generalizada as ações de empresas do setor de energia.
Segundo informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país, o volume estocado da commodity recuou 5,836 milhões de barris na semana encerrada em 17 de agosto, para 408,358 milhões, acima da previsão de queda de 2 milhões.
Na Bolsa de Londres, onde o índice FTSE 100 encerrou o dia em alta de 0,11%, a 7.574,24 pontos, o destaque foi a BP, cujas ações avançaram 0,54%. Já na capital francesa, os papéis da Total subiram 0,98%, e o índice da Bolsa de Paris, o CAC 40, avançou 0,22%, aos 5.420,61 pontos. Em Frankfurt, o DAX ganhou 0,01%, com destaque para a E.ON, em alta de 0,58%, enquanto em Madri o Ibex 35 registrou ganhos de 0,33%, para 9.580,20 pontos, e o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,22%, a 5.516,98 pontos.
Os ganhos dos mercados acionários foram limitados, no entanto, à medida que novos episódios da política norte-americana tornam o cenário instável, com ex-aliados do presidente Donald Trump envolvidos em atividades criminosas.
O ex-advogado pessoal de Trump, Michael Cohen, assinou um acordo de confissão com promotores que investigam pagamentos a mulheres que alegam ter tido casos extraconjugais com o líder dos EUA. Além disso, houve a condenação do ex-diretor de campanha de Trump, Paul Manafort, por oito acusações de fraude fiscal e bancária – entre as 18 que enfrentava.
A Bolsa de Milão foi a exceção, ao passo que o índice FTSE MIB registrou queda de 0,40%, para 20.699,70 pontos. As negociações para o orçamento do próximo ano fiscal italiano, cujos gastos podem ser pressionados após a queda da ponte de Gênova e violar as normas da União Europeia (UE), ainda preocupam investidores.
Também foram destaque as ações da Fiat Chrysler, que oscilaram durante as negociações e fecharam em queda de 1,20% após relatos de que ela poderia ser comprada pela empresa americana de private equity KKR. (Com informações da Dow Jones Newswires)
Autor: Monique Heemann
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