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Dólar tem sinais mistos com exterior e Ptax no radar

30/07/2018

O dólar opera em baixa ante o real nos primeiros negócios desta segunda-feira, 30, e conduz os juros futuros para bem perto dos ajustes anteriores, refletindo o desempenho fraco da moeda americana no exterior em meio à postura cautelosa nos mercados internacionais ante a forte agenda semanal.

No mercado doméstico, as rolagens de contratos cambiais no mercado futuro adicionam volatilidade aos negócios e o dólar futuro de agosto, mais negociado até hoje, já subia 0,03%, a R$ 3,7110, na máxima às 9h20. No mesmo horário, o dólar à vista recuava 0,19%, aos R$ 3,7104. Os sinais desiguais refletem ajustes após o dólar agosto ter fechado a R$ 3,710, mais baixo que o valor de encerramento da taxa à vista, a R$ 3,7173 na sexta-feira.

Os investidores em geral estão à espera das decisões de juros do Banco do Japão, na madrugada desta terça-feira, do Copom brasileiro e do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira, e do Banco da Inglaterra, na quinta-feira. Para esta terça-feira, é esperado o dado de inflação do PCE, que é a medida preferida do Fed, e na sexta-feira, o relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos.

Lá fora, o dólar caía nesta manhã ante moedas fortes, com os investidores evitando assumir grandes posições antes da decisão de política monetária do Fed. Ante a libra e o iene, o dólar opera próximo à estabilidade, com investidores no aguardo também pelas decisões de juros do Banco do Japão e do Banco da Inglaterra (BoE). Às 9h30, o dólar operava estável a 111,10 ienes, o euro subia a US$ 1,1681 e a libra tinha leve alta a US$ 1,3117.

Nas mesas de operação domésticas, a eleição ainda bastante incerta seguirá no radar, com candidaturas e coligações devendo ser fechadas até domingo (5/8). O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reúne-se nesta segunda-feira, em São Paulo, com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com o coordenador do programa de governo do PT, Fernando Haddad. No encontro, marcado para entre 10h00 e 11h00, eles tratarão de assuntos econômicos.

A questão comercial segue também no foco. Um alto funcionário do governo Trump disse no domingo que os EUA “começarão imediatamente” a negociar com a União Europeia para forjar acordos comerciais sobre produtos agrícolas e energéticos, prometendo “uma transação real” para vender mais soja, carne bovina e gás natural líquido aos países europeus.

No câmbio, no fim da manhã, o BC faz leilão de 14.455 contratos de swap (US$ 722,8 mi) e conclui a rolagem dos US$ 14,023 bilhões que vencem em agosto (11h30).

Autor: Silvana Rocha
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