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Dólar sobe com ptax, mas PCE dos EUA pesa no exterior

31/07/2018
Dólar sobe com ptax, mas PCE dos EUA pesa no exterior

O dólar abriu esta terça-feira, 31, em baixa no mercado à vista em sintonia com as perdas no exterior ante algumas divisas principais e emergentes, mas já virou para o lado positivo e renovou máxima, em meio a pressões de comprados em câmbio na disputa com os vendidos em torno da formação da Ptax, que será definida e anunciada após às 13 horas.

Às 10h será feita a primeira coleta de taxas de mesas de operação cambial e os comprados mostram mais força por enquanto. Mais cedo, o dólar à vista bateu máxima a R$ 3,7505 (+0,57%). O dólar futuro de setembro, mais negociado a partir de hoje, avançava a R$ 3,7645 (+0,43%).

Os agentes de câmbio monitoraram a decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter os juros e fazer ajustes em sua política monetária, anunciada na madrugada desta terça, enquanto esperam pelas decisões do Fed e Copom, amanhã, e do Banco da Inglaterra (BoE), na quinta-feira.

É consenso entre analistas que tanto as taxas dos Fed Funds (1,75% a 2%) como da Selic (6,5%) serão mantidas nos níveis atuais, deslocando atenções para os comunicados, mas para o BoE é esperada uma elevação de juros de 0,25 ponto porcentual, para 0,75% ao ano.

O BC japonês manteve nesta terça a taxa de depósito em -0,1% e a meta de retorno do bônus em torno de 0%. A autoridade permitirá que o juro do bônus de 10 anos do Japão (JGB) flutue até 0,20%, de uma meta de até 0,1% anteriormente.

A postura do BoJ ajudou o iene a recuar frente o dólar assim como os juros dos bônus do país, o que beneficiou a bolsa japonesa, uma vez que era esperada por analistas uma ampliação da banda de flutuação do yield de 10 anos para 0,25 ponto porcentual.

Na avaliação do Société Générale, após as decisões, os investidores devem continuar a testar o teto estabelecido para os JGBs, com o objetivo de determinar o “nível exato” em que o BoJ intervirá para conter o avanço do yield.

Nos Estados Unidos, foram divulgados dados mistos de inflação do PCE e o dólar perdeu força. O índice de preços do PCE subiu de 0,1% em junho ante maio e 2,2% na comparação anual. O núcleo do índice do PCE subiu 0,1% em junho ante maio, em linha com a previsão (+0,1%) e também avançou 1,9% em junho, na comparação anual. Os gastos com consumo subiram 0,4% em junho ante maio, abaixo da previsão de 0,5%. Esses dados ajudaram a enfraquecer o dólar ante moedas principais há pouco.

São esperados ainda na agenda americana o Índice de atividade industrial ISM/Chicago de julho (10h45) e o Índice de confiança do consumidor deste mês apurado pelo Conference Board (11h).

Autor: Silvana Rocha
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