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Maioria das Bolsas da Europa fecha em queda, com Madri pressionada por política
As principais bolsas europeias fecharam em baixa nesta sexta-feira, 25, embora sem sinal único. As praças mais pressionadas foram Madri e Milão, ambas reagindo a sinais da política que geram incertezas para os investidores. A maior queda ocorreu na capital espanhola, após o premiê Mariano Rajoy ser alvo de uma moção de censura, o que poderia derrubar seu governo. A fraqueza do petróleo também influiu.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,14%, a 391,08 pontos. Na comparação semanal, ele recuou 0,91%.
O grupo político de Rajoy, o Partido Popular, foi condenado na quinta-feira a pagar uma multa, em um grande episódio de corrupção ocorrido no país, chamado Caso Gürtel. O premiê foi testemunha durante a apuração judicial e os magistrados, em sua decisão, lançaram dúvidas sobre a confiabilidade de Rajoy.
O episódio levou o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) a dizer que apresentará uma moção de censura para derrubar o premiê.
O Podemos e outra sigla, o Ciudadanos, sinalizaram que podem apoiar a antecipação de eleições. Rajoy concedeu entrevista coletiva, na qual disse que pretende seguir até o fim de seu mandato, em 2020. Segundo ele, a oposição prejudica a estabilidade política e a retomada econômica nacional.
Na Bolsa de Madri, as notícias da política levaram a uma queda superior a 2% em boa parte do pregão, com modesta recuperação no fim dos negócios. O índice Ibex-35 fechou em baixa de 1,70%, a 9.826,50 pontos, e na semana recuou 2,83%. Entre os bancos espanhóis, Santander caiu 2,65% e BBVA teve baixa de 2,79%. Iberdrola perdeu 2,35%, em jornada negativa para o petróleo. A possibilidade de que Rússia e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevem a oferta da commodity influiu negativamente em papéis do setor de energia do continente.
Em Milão, o índice FTSE-MIB caiu 1,54%, a 22.398,15 pontos, e na semana teve baixa de 4,48%. Nesse caso, a perspectiva de que um novo governo, liderado por Giuseppe Conte, possa manter uma plataforma populista provoca temor em investidores. Banco BPM teve baixa de 7,34%, enquanto Eni recuou 2,48%.
Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 subiu 0,18%, a 7.730,28 pontos, recuando 0,62% na comparação semanal. Lloyds teve baixa de 0,50% e BP, de 2,01%. O banco Barclays, por outro lado, teve ganho de 0,44%, enquanto Glencore avançou 0,24%.
O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, subiu 0,65%, a 12.938,01 pontos, e na semana caiu 1,07%. Entre os papéis mais negociados, Deutsche Bank teve alta de 0,08% e Steinhoff avançou 1,98%, mas E.ON recuou 0,26%.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em baixa de 0,11%, a 5.542,55 pontos, e na comparação semanal teve queda de 1,28%. A petroleira Total recuou 1,45%, enquanto Société Générale caiu 0,95%.
Em Lisboa, o PSI-20 teve queda de 0,91%, a 5.610,46 pontos, e na semana cedeu 1,84%. (Com informações da Dow Jones Newswires)
Autor: Gabriel Bueno da Costa
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