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Sesau lança projeto ‘Educação é Saúde’ em Arapiraca durante o Governo Presente

06/04/2018
Sesau lança projeto ‘Educação é Saúde’ em Arapiraca durante o Governo Presente
Projeto busca mobilizar sobre a prevenção e combate às verminoses e ao Aedes aegypti (Fotos: Carla Cleto e Thiago Henrique

Projeto busca mobilizar sobre a prevenção e combate às verminoses e ao Aedes aegypti (Fotos: Carla Cleto e Thiago Henrique

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lançou, nesta quinta-feira (5), na IX edição do Governo Presente, o projeto “Educação é Saúde”. O objetivo é mobilizar e conscientizar as crianças de 7 a 10 anos de idade, que estudam em sete escolas do Ensino Fundamental II de Arapiraca, sobre a prevenção às verminoses e o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Durante a execução do projeto, que vai de abril até junho deste ano, as crianças irão receber duas cartilhas, intituladas ‘Todos contra o Aedes aegypti’ e ‘Verminose? Aqui não!’ Os livros são coloridos, atrativos e dinâmicos, tendo uma linguagem específica para esse público.

Projeto Educação é Saúde / Fotos: Sesau lança projeto ‘Educação é Saúde’ em Arapiraca durante o Governo Presente

Considerando os prejuízos causados pela verminose à saúde das crianças, a equipe da Sesau vai trabalhar a prevenção, adequando as orientações à realidade dessa faixa-etária, para que possam compreender facilmente as informações e, por meio de brincadeiras e do lúdico, construir o conhecimento necessário para o autocuidado, visando à melhoria das condições de saúde.

“Realizar orientações a escolares para a prevenção de verminoses é despertá-los para o autocuidado. Assim, as informações enfatizarão a observância de hábitos de higiene no ambiente residencial e escolar”, enfatizou a infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Mardjane Nunes.

Ela salientou que a opção por fazer uma abordagem maior com as crianças deu-se pelo fato de elas terem uma capacidade de assimilação e de conhecimento maior do que os adultos. “É muito mais fácil atingirmos uma mudança de comportamento em uma criança do que num adulto. Além do mais, elas são influenciadoras na família”, destacou.

Já o enfoque para o Aedes aegypti terá como meta despertar o olhar infantil para o conhecimento sobre a biologia do mosquito. Também será evidenciado quais os principais criadouros utilizados por ele para realizar a oviposição, além de reforçar as ações de prevenção e cuidados no ambiente domiciliar.

Projeto Educação é Saúde / Fotos: Sesau lança projeto ‘Educação é Saúde’ em Arapiraca durante o Governo Presente

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Christian Teixeira, o objetivo do projeto é a mobilização para a prevenção e orientação. “O programa ‘Educação é Saúde’ serve para que o Estado esteja próximo do cidadão, levando informação e conscientização, para que, definitivamente, possamos ficar livres das doenças que são transmitidas pelo Aedes aegypti”, garantiu.

A metodologia agregará a forma tradicional de ensino, por meio da leitura e discussão em sala de aula, que trazem lições simples e diretas, com ilustrações, sobre as maneiras de prevenir e combater as doenças. Ao longo das páginas, os estudantes irão encontrar os chamados ‘QrCodes’, onde poderão assistir a vídeos, jogar e responder perguntas relacionadas ao conteúdo do livro. Além disso, para deixar o livro ainda mais interessante, haverá a inclusão de alguns elementos de realidade aumentada, ou seja, objetos virtuais que se integram ao ambiente real.

De acordo com Mardjane Nunes, a escolha dos municípios prioritários para receber as ações de educação em saúde aconteceu em função das doenças estarem agrupadas pelo modo de transmissão, sendo uma para avaliação de transmissão fecal das verminoses e outra para avaliação do risco para surto da dengue, zika e chikungunya.

Os municípios prioritários para ações de controle da dengue, zika e chikungunya foram escolhidos, uma vez que possuem os maiores índices de infestação predial por Aedes aegypti, cuja análise mais recente foi realizada em janeiro deste ano. “Selecionamos para este projeto os municípios com Lira [Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes] maior ou igual a quatro. Sendo assim, as cidades incluídas no projeto foram Arapiraca, Coqueiro Seco, São Sebastião e Satuba”, explicou.

Já para o controle das verminoses foram escolhidos aqueles onde mais de 10% dos exames parasitários deram positivos. Entre as cidades com maior percentual, foram eleitas Passo de Camaragibe, Branquinha e Porto de Pedras.

Etapas

Conforme Mardjane Nunes, o projeto é formado por três etapas. A primeira foi apresentar o projeto aos alunos e professores durante toda a IX edição do Governo Presente.

Já a segunda parte, será treinar os professores e as equipes que atuam no Programa Saúde da Família (PSF), para que eles consigam transmitir os conteúdos da cartilha aos alunos e as famílias, de forma coesa e coerente. Enquanto a terceira fase será a aplicação do conteúdo da cartilha nas salas de aula, bem como a divulgação para toda a comunidade.

“Pensamos numa estratégia de mídia, de forma que consigamos envolver os pais desses alunos, para que eles saibam que esses assuntos estão sendo trabalhados na sala de aula”, frisou a infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau.

A campanha será veiculada em rádios, outdoors e carros de som, com peças com abordagem geral sobre o tema e outras segmentadas para cada doença. Também foram preparadas peças de não mídia, como cartazes, banners e panfletos informativos, que serão distribuídos à população. Também serão criadas redes sociais voltadas para o projeto.

“O propósito disso é que os professores diariamente socializem o que eles estão trabalhando em sala de aula. Esperamos que, com esse projeto, consigamos diminuir, em 2019, os indicadores dos municípios que forram selecionados a participar da campanha”, reforçou.

Ao concluir a leitura dos livros e as atividades propostas, cada aluno irá receber sua carteirinha de combatente do Aedes aegypti, assinada pelo prefeito da cidade na qual residem, dizendo que o estudante está permitido a autuar quando constatada qualquer irregularidade.