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Juros longos encerram sexta-feira em queda em relação aos ajustes de quinta

27/04/2018

A desvalorização do dólar ante o real influenciou o mercado de juros futuros nesta sexta-feira, 27. As taxas encerraram em queda nos contratos mais longos e com viés de queda nos contratos mais curtos quando comparadas aos ajustes de quinta-feira.

O DI para janeiro de 2019 encerrou a 6,215%, mínima, ante 6,244% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 fechou a 6,91% ante 6,941% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2021 encerrou a 7,90% ante 7,932% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 ficou em 9,64% ante 9,732% no último ajuste. O DI para janeiro de 2027 marcou 9,93% ante 10,042% no ajuste de quinta.

Assim, a curva das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerrou a semana com uma menor inclinação. Os principais vencimentos terminaram a semana, pautada por volatilidade e temor com cenário externo, apenas com um mero viés de alta. Alguns contratos haviam avançado, nas máximas intraday, mais de 30 pontos-base em relação ao ajuste de sexta-feira passada, dia 20.

Na avaliação do gestor da Par Mais, Alexandre Amorim, o resultado do consumo nos Estados Unidos abaixo do esperado contribuiu para reduzir o estresse provocado pela percepção de inflação alta. “O mercado começou a se acalmar”, afirmou.

Isso fica evidente tanto na curva de juros futuros quanto no dólar, que às 16h36, recuava 0,40% aos R$ 3,4631 no segmento à vista. Vale lembrar que, na quarta-feira, a moeda bateu os R$ 3,51 sem perspectiva de voltar. No mesmo horário, o contrato para maio caía 0,39% aos R$ 3,4635.

“Como hoje o mercado encontra um ambiente externo mais favorável e o volume do mercado local, em geral, não está tão grande, prevaleceu o movimento de realização”, afirmou o sócio da corretora Laic-HFM, Vitor Carvalho.

No mercado de ações, o Ibovespa passou a cair nos últimos minutos também por conta de realização de lucros de curto prazo, segundo um analista. Além disso, o dia é mais fraco em Nova York – com as bolsas sem uma direção muito firme – e com poucas notícias no cenário. Às 16h41, o indicador recuava 0,07%, aos 86.325,42 pontos.

Autor: Karla Spotorno
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