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Juros longos fecham com viés de alta, com menor apetite pelo risco no exterior
Os juros futuros fecharam a sessão regular perto da estabilidade na ponta curta e com viés de alta nos vencimentos longos nesta quarta-feira, 28. A mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), de que a Selic deverá ser reduzida em maio pela última vez neste ciclo, seguiu induzindo ajustes nos contratos de curto prazo, enquanto nos longos pesou mais o cenário externo, também por pressionar o dólar ante várias moedas de economias emergentes incluindo o real.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou em 6,240%, de 6,239% no ajuste de terça-feira, e a do DI para janeiro de 2020 passou de 7,07% no ajuste anterior para 7,08%. A taxa do DI para janeiro de 2021 subiu de 7,97% para 8,00% e a do DI para janeiro de 2023 terminou em 9,00%, de 8,97%.
A sessão foi de cautela generalizada com ativos de risco, a partir de sinais de que a inflação dos Estados Unidos pode exigir um aperto monetário mais firme pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e das preocupações com empresas de tecnologia, que impõem mais um dia de perdas para o Nasdaq.
Pela manhã, a terceira estimativa do PIB norte-americano do quarto trimestre mostrou que a economia cresceu 2,9% no período, acima da mediana das previsões (+2,7%). À tarde, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a inflação está subindo a um ritmo mais rápido que alguns dos principais índices sugerem, dando ao BC espaço para continuar a elevar gradualmente os juros.
Às 16h32, o dólar à vista reduzia a alta para 0,07%, aos R$ 3,3312, e o Ibovespa caía 0,09%, aos 83.733,26 pontos. Em Nova York, o Dow Jones ensaiava uma virada de sinal para o campo positivo, com queda de 0,02%, enquanto o Nasdaq perdia 0,71%.
Autor: Denise Abarca
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