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Ibovespa fecha em alta de 0,30%, aos 84.163,79 pontos
A um dia das decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, o mercado acionário doméstico operou sob o signo na cautela nesta terça-feira, 20, rondando a estabilidade, e encerrando a sessão de negócios com giro financeiro de R$ 8,14 bilhões – abaixo da média de R$ 11 bilhões registrada durante o mês de março. Mesmo subindo apenas 0,30% o Ibovespa teve a mínima força para manter os 84.163,79 pontos.
“O volume fraco já indica o sentimento acautelado dos investidores em relação às decisões de amanhã”, ressaltou Ariovaldo dos Santos, gerente da mesa de renda variável da H.Commcor, para quem, se houver surpresa e o Federal Reserve (Fed) não elevar a taxa de juros, pode levar a um novo impulso para a bolsa brasileira. Nesta quarta-feira também o Comitê de Política Monetária (Copom) pode decidir por mais um recuo da taxa Selic.
Diante do noticiário fraco tanto no Brasil como no exterior, os investidores optaram pelo compasso de espera. Nesse contexto, a leve alta foi ajudada pelas ações de mais peso na carteira teórica e ligadas às commodities. As ações da Petrobras acompanharam a valorização de mais de 2% dos contratos futuros do petróleo no mercado internacional, que subiram forte com perspectivas com a divulgação de dados nos EUA mostrando queda nos estoques de óleo bruto. Também pela percepção entre investidores de que novas tensões geopolíticas envolvendo nações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) têm potencial para reduzir a oferta global da commodity. Por aqui, os papéis da petroleira fecharam com ganhos de 1,33% (ON) e de 1,10% (PN).
Sobre a ação protecionista do presidente Donald Trump com a sobretaxa do aço, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que as conversas sobre possíveis isenções à tarifação de aço e alumínio importados pelo país estão “progredindo” e ressaltou que o governo Trump não está preocupado com uma guerra comercial. Em evento durante a cúpula do G-20 Mnuchin disse que as tarifas a serem impostas pelos EUA “não são uma questão de protecionismo. Trata-se de reciprocidade”. As declarações foram feitas antes do encontro com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Autor: Simone Cavalcanti
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