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Governo deixa um legado na educação, diz Mendonça, de saída do ministério

28/03/2018

Em sua última cerimônia como ministro da Educação, Mendonça Filho anunciou nesta quarta-feira, 28, a liberação de recursos para a alfabetização e afirmou que conseguiu a autorização do presidente Michel Temer para anunciar medidas que ajudarão e municípios. “Recebemos autorização do presidente da República para reajustar em 20% o valor do transporte escolar”, afirmou Mendonça, na cerimônia de liberação R$ 523 milhões para o programa Mais Alfabetização nos próximos dois anos. “O orçamento é garantido”, completou.

Mendonça agradeceu ao presidente, disse que esse deveria ser o seu último discurso e afirmou que o período à frente do MEC foi o “mais instigante e desafiador” dos mais de 30 anos de sua vida pública”. O ministro disse que se apaixonou pela área e que se sentia muito honrado por ter exercido a função.

Mendonça, que é do DEM de Pernambuco, afirmou ainda que tinha a consciência de que não era possível “mudar realidade da educação em dois anos”, mas afirmou que Temer deixará “um legado na área”. Logo no início do seu discurso, Temer agradeceu a Mendonça e disse ter a certeza que Mendonça “continuará fazendo discursos em outros cargos que vier a ocupar”.

Após admitir que pode se lançar à reeleição, Temer vai aproveitar as últimas semanas de ministros que serão candidatos nos cargos para fazer uma série de eventos e também viagens pelo País. Nesta terça, 27, no Planalto, o presidente deu palanque a Ricardo Barros (Saúde), que já entregou sua carta de demissão, e a Alexandre Baldy (Cidades), que deve concorrer, mas afirma que ainda não tomou uma decisão. Na quinta-feira, 29, está prevista a participação de Temer na inauguração do novo aeroporto de Vitória (ES), com o ministro dos Transportes, Mauricio Quintella.

Temer, inclusive, receberá Quintella para uma audiência na tarde desta quarta. Participam do encontro o diretor-geral do DNIT, Valter Casimiro Silveira, cotado para ficar no lugar de Quintella, e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos caciques do PR, partido que comanda a pasta.

Autor: Carla Araújo
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