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Número dois de Kim vai a Olimpíada no Sul

05/02/2018
Número dois de Kim vai a Olimpíada no Sul
Kim Yong-nam

Kim Yong-nam

O chefe de Estado norte-coreano Kim Yong-nam -um cargo cerimonial na ditadura de Kim Jong-un- vai visitar a Coreia do Sul nesta semana como líder da delegação de autoridades para a Olimpíadas de Inverno, disse o ministro da Unificação sul-coreano neste domingo (4).

Os jogos, que começam na sexta (9) em Pyeongchang (Coreia do Sul), têm desempenhado papel importante na distensão entre os dois países nos últimos meses, em um momento em que a tensão entre o regime de Kim Jong-un, no norte, e o governo do americano Donald Trump, aliado de Seul, cresce, alimentando temores de um conflito nuclear na península.

Embora seu posto seja cerimonial, Kim Yong-nam é presidente do Presidium da Assembleia Suprema do Povo da Coreia do Norte, o que faz dele o segundo na cadeia de comando do país.
Kim vai liderar uma delegação de 22 pessoas que deve chegar à Coreia do Sul na sexta (9) para uma viagem de três dias, disse o ministro em seu pronunciamento.

Seul espera que durante os jogos, que vão até o dia 25, conversas importantes entre as Coreias aconteçam.

Os dois países entrarão juntos no desfile de abertura e também terão uma equipe unificada no hóquei feminino no gelo –a primeira seleção coreana conjunta em uma Olimpíada desde a separação oficial, em 1948, ainda que em outros torneios isso já tenha ocorrido.

Entretanto, a decisão de última hora, tomada em acordo fechado no mês passado, foi celebrada do ponto de vista político mas criticada por fãs locais do esporte, que temem a falta de entrosamento entre as jogadoras.

O jogo-treino que a seleção fez neste domingo (4) em Incheon, oeste da península, atraiu cerca de 3.000 torcedores sul-coreanos, que entoaram cânticos de unidade.

Neste domingo, a equipe foi derrotada pela seleção feminina da Suécia por 3 a 1.

Além das jogadoras de hóquei no gelo, a Coreia do Norte enviará aos Jogos de Inverno uma dupla de patinadores e esquiadores, num total de 22 atletas, 24 funcionários do governo e 21 jornalistas.