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Descaso do Governo e da Seduc deixa 670 alunos sem merenda em Garça Torta

09/02/2018

Cerca de 670 alunos sem merenda por falta de profissionais merendeiras e também um clima de insegurança devido ao número insuficiente de vigilantes. Esta é a grave situação da Escola Estadual Profº Eduardo Almeida da Silva, em Garça Torta, mostrada nesta 5ª feira, no AL-TV 1ª edição, da TV Gazeta de Alagoas, que causa indignação e revolta, e que leva à seguinte pergunta que não pode calar: por que o Governo do Estado e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não saem do seu “mundo de faz-de-conta” e entram, de fato, na realidade da necessidade de realização de concurso público para sanar essa enorme carência de pessoal vivida na maioria das escolas da rede pública estadual?

A falta de merendeira, segundo a denúncia feita pela direção da escola, ocorre desde o início de 2017. O ano letivo 2018 já foi iniciado, mas a diretoria decidiu por não comprar os mantimentos da merenda, antevendo que feijão, arroz, macarrão, carnes etc se estragariam na despensa devido a falta da profissional para prepará-los. Durante todo o ano de 2017 e agora em 2018, foram feitas inúmeras cobranças à Secretaria de Estado da Educação (Seduc), mas as respostas e as ações efetivas não foram dadas. “Os alunos perguntam se vai ter merenda e não temos respostas para dar”, desabafou uma diretora.

Insegurança

Se a situação da merenda é grave, a Escola Estadual Profº Eduardo Almeida da Silva também sofre com o clima de insegurança devido à falta de profissionais vigias. Nos períodos da manhã e da tarde só há “segurança eletrônica” (câmeras), e apenas no horário noturno é que a escola conta com o trabalho de profissional da área.

Resposta insuficiente

Depois de um “silêncio” que se arrastou por todo o ano de 2017 e agora em 2018, a Seduc, enfim, tentou responder às cobranças da direção da escola, mas as explicações são insuficientes: há um processo de “readaptação” de servidores e já foi aprovada e sancionada pelo Governo do Estado lei que autoriza a realização de um chamado “processo seletivo” para “contratação” de profissionais para essas áreas (merenda e vigilência).

Cobrança

O Sinteal cobra ao Governo do Estado e à Secretaria de Estado da Educação (Seduc) o “fim” dessa inconsequente “política de terceirização” na área da educação pública, com seus “processos seletivos”, “readaptações de servidores” e outras “maquiagens” que apenas revelam a incompetência do governo em relação à área. É urgente que o Executivo estadual “acorde” para a necessidade da realização de concurso público, para suprir as GRAVES carências da rede, que não são apenas na merenda e na segurança. E são essas graves carências que, além de atingir em cheio os milhares de alunos, também causa o adoecimento da categoria, que só aumenta, a cada ano letivo.