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A Valorização da Família

12/01/2018
A Valorização da Família

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) houve por bem apresentar uma Oração para o Dia Nacional da Valorização da Família. Com efeito, mister se faz valorizar a família que é uma instituição importante para o desenvolvimento humano.

Vamos destacar a importância da família consoante a Oração. A melhor maneira de viver o amor humano é a família devidamente bem estruturada.

Podemos ver florescer uma sociedade justa e solidária, quando se valoriza a família bem constituída.

Na Oração, lá pelas tantas, assim se diz: “Pedimos que nossa família se torne cada vez mais casa de comunhão, capaz de vencer os conflitos, escola da fé e dos valores humanos e sociais, lugar onde se partilham as esperanças e as lutas, escola da fé e dos valores humanos e sociais”.

Não se pode negar que estamos vivenciando momentos difíceis. Multiplicam-se os lares que se desfazem. O desentendimento nas crianças e nos adolescentes e, consequentemente, na sala de aula percebe-se pelo comportamento dos filhos.

Houve assim quem afirmasse: “Recente pesquisa do IBGE comprovou que a violência é a principal causa de morte de jovens no Brasil e nós sabemos que esta violência vem se infiltrando cada vez mais nas escolas. Por essa e por tantas outras razões, a escola necessita estar afinada à realidade que a cerca, buscando a colaboração da família“.

É importante saber que o rendimento escolar em lugares mais pobres, é maior, quando pais e professores dialogam e procuram pelo menos amenizar a situação dos lares e há uma busca constante no sentido de, pelo menos, melhorar a situação.

Camilo Castelo Branco (1825-1890) assim se expressou: “A família, meu amigo, é a base fundamental da sociedade; e é refúgio das virtudes acossadas pelas paixões dos que vagabundeiam de escolho em escolho; é a arca santa que alveja no dorso empolado das tormentos do coração da mulher”.

Li, certa feita, não sei se é verídico o que estou a escrever. Contam que Diógenes, arguto filósofo da Grécia, ouviu que um menino mal educado gostava de dizer palavras inconvenientes. O mencionado filósofo procurou descobrir quem era o pai daquele menino e desfechou uma bofetada nos lábios do aludido senhor e assim exclamou: “É justo que eu bata a boca do pai pela má palavra do filho”.

Não se pode negar que a atitude do famoso filósofo, nos tempos atuais, seria completamente errada. Atualmente, como se sabe, pelos diversos meios de comunicação, pelos colegas de escola, pelos vizinhos e parentes diversos, há muita influência sobre os seres em formação.

A despeito de tudo, o bom exemplo dos pais se faz necessário e não pode ser substituído. Por esse motivo é louvável haver o Dia Nacional da Família. Não apenas para uma simples lembrança ou mesmo uma breve alusão ao termo FAMÍLIA.

No Prefácio à Comédia Humana, Balzac deixou para a posteridade o que se segue: “Considero a Família e não o Indivíduo como o verdadeiro elemento social. Sob esse ponto de vista, arriscando ser olhado como um espírito retrógrado, tomo lugar ao lado de Bossuet e de Ronald, em vez de andar com os inovadores modernos”.

Há várias frases importantes na Oração para o Dia Nacional de Valorização da Família. A aludida Oração assim termina: “Sagrada Família de Nazaré, Jesus, Maria e José, abençoai as nossas famílias brasileiras”.