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Evangelização em Alagoas II

08/12/2017
Evangelização em Alagoas II

Certo cidadão da cidade de Penedo pediu-me para escrever algo sobre a Diocese de Penedo. Faço-o de bom grado, alegando que me apoio no livro de Ernani Méro.

No dia 28 de janeiro de 1928, o então pároco de Penedo recebeu do Bispo de Alagoas, Dom Manoel o seguinte telegrama: Dom Jonas de Araújo Batinga, Vigário Geral, Reitor do Seminário, foi eleito Bispo de Penedo. No dia 14 de julho de 1918 estavam autoridades civis e eclesiásticas na catedral de Maceió para assistirem à sagração episcopal (hoje se diz ordenação) de Dom Jonas.

A cidade de Penedo estava representada pelo cônego João Batista Wanderley, Frei Electo de Pietrulla, Capitão Ildefonso Costa e outras autoridades. Para a ordenação episcopal estavam Dom Sebastião Leme. Dom Manoel Lopes e Dom José Tomaz. Grande era o número de fiéis.

A verdade é que Dom Jonas, natural de Penedo, voltou à sua terra natal como bispo e lá permaneceu até a morte. Esta ocorreu no dia 30 de julho de 1940. O professor Ernani Méro salienta algumas qualidades de D. Jonas: grande orador sacro, musicista de expressivo valor, amava com ternura as crianças.

Vem agora o 2º bispo de Penedo: Dom Fernando Gomes que vem da Paraíba, na cidade de Patos, onde era pároco. No dia 19 de maio de 1943, na Catedral de Penedo o novo Bispo foi saudado pelo Padre Hélio que leu a saudação escrita pelo Cônego Odilon Lobo que sofreu um acidente em casa, não teve condições de recepcionar o novo Bispo de Penedo.

Dom Fernando era muito entusiasmado pela “Ação Católica” e em 1945 instalou com solenidade o referido movimento. Também foi inaugurado o Colégio Diocesano. Preocupou-se com os pobres e houve por bem fundar o ABRIGO SÃO FRANCISCO, para acolher os que dormiam ao relento, sob o olhar compassivo das estrelas. O aludido abrigo foi instalado com solenidade e teve até a presença do Governador Silvestre Péricles. E no dia 25 de janeiro de 1949 foi transferido para a diocese de Aracaju (Sergipe).

No dia 15 de agosto de 1949 pisa o solo penedense o novo pastor, na pessoa de Dom Frei Felício da Cunha Vasconcelos. Veio no vapor Comendador Peixoto (que atualmente jaz no leito do rio São Francisco). No solo penedense estavam à margem do citado rio à espera do novo bispo: Dom Ranalfo da Silva Farias e várias autoridades, bem como o povo, de modo especial da cidade penedense.

O então prefeito de Penedo Carlos Santa Rita apresentou as saudações do povo de Deus ao novo Bispo. No dia 19 de março de 1950, o Sr. Bispo publicou uma Circular, recomendando que o povo recebesse bem os encarregados do Recenseamento Geral do Brasil.

O Sr. Bispo Dom Felício muito se preocupou com as vocações sacerdotais e por esse motivo fundou o Seminário Diocesano. No dia 2 de março de 1953, na antiga residência do Comendador Manuel Braga foi instalado o Seminário Diocesano Nossa Senhora de Fátima. O senhor Bispo foi o 1º reitor do Seminário.

Conforme o professor Ernani Méro, o Bispo organizou o Congresso Eucarístico Diocesano, em preparação para o Congresso Eucarístico Nacional. Contudo o Sr. Bispo dizia e repetia: Não é Congresso, é apenas uma Semana Eucarística. Contudo teve tudo para ser um verdadeiro Congresso.
Dom Felício, vendo o progresso por que passava a cidade de Arapiraca, fundou o Colégio São Francisco aos cuidados das Religiosas Franciscanas Hospitaleiras. Em maio de 1957 deixava a cidade de Penedo. Depois veio Dom José Terceiro de Sousa como quarto Bispo de Penedo. Disse Ernani Méro que D. José Terceiro, após relevantes serviços prestados, apresentou a sua renúncia.
Veio depois Dom Constantino, 5º bispo, asceta, operoso e dinâmico, formado à luz mística franciscana, realizou o extraordinário trabalho evangelizador.