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Quarta-feira: Sessão na Câmara de Palmeira promete ser quente

04/09/2017
Quarta-feira: Sessão na Câmara de Palmeira promete ser quente

A polêmica sobre os salários dos vereadores palmeirenses que norteia as redes sociais fez a reportagem da TRIBUNA DO SERTÃO pesquisar sobre o assunto em legislaturas anteriores.

Fato parecido em Palmeira dos Índios, somente ocorreu na Legislatura de 1966 a 1970 onde os vereadores não recebiam remuneração nenhuma na época – em face de decisão da Ditadura Militar e aqueles que desejavam representar o povo como vereador, o fazia por que queria apenas servir a população.

Na época o vereador mais votado do município foi o escritor Ivan Barros que obteve 20% dos votos do eleitorado palmeirense, votação esta imbatível até hoje – sendo o campeão de votos de todos os tempos. Naquele período também nomes como Gervásio Raimundo, Abdias Vicente, José Almeida, José Rebelo, entre outros, exerceram o mandato de vereador por Palmeira dos Índios.

De lá pra cá os vereadores passaram a receber subsídios (salários) pelo exercício do mandato.

Vereador Toninho Garrote, de Palmeira dos Índios, está na disputa pela diretoria da Uveal, no próximo dia 25 (Foto: arquivo)

Vereador Toninho Garrote, de Palmeira dos Índios (foto arquivo)

Mas, eis que surgiu agora uma novidade semelhante àquela praticada na legislatura da década de 60 do século passado. O vereador Toninho Garrote (PP), apresentará na sessão ordinária que será realizada na próxima quarta-feira (06), um projeto de Lei que visa fixar o valor do subsídio recebido pelos edis em um salário mínimo vigente, ou seja, R$ 937,00 (Novecentos e trinta e sete reais).

De acordo com cópia do projeto de Lei encaminhado à presidência da Casa, o subsidio dos vereadores que fazem parte da Mesa Diretora também será rigorosamente igual ao dos demais legisladores e ficará vetado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional ou de outra espécie remuneratória que diferencie os demais.

Outro ponto do projeto é descontar 20% do valor do subsídio proposto (1 salário mínimo) dos vereadores que não comparecerem às sessões ordinárias sem justificativa plausível.

Enfrentar a crise

A justificativa utilizada por Toninho Garrote é que tal economia gerada com a diminuição dos salários dos vereadores, o município poderá enfrentar crise financeira e evitar cortes em áreas consideradas importantes para a população como, por exemplo, saúde, assistência e educação.

Subsídio atual

Palmeira dos Índios tem hoje 15 vereadores que representam o Poder Legislativo Municipal. Cada vereador recebe atualmente o valor líquido de R$ 4. 600,00 (quatro mil e seiscentos reais) mensais. Caso o projeto seja aprovado e os vereadores passem a receber 1 salário mínimo mensal em vigor – R$ 937,00 ao invés dos R$ 4.600,00 – isso significa dizer essa fixação irá gerar uma economia mensal de R$ 3.627,00 de cada vereador, ou seja R$ 54.405,00 no total.

Polêmica

O anúncio da redução do subsídio do vereador ao mínimo, realizado pela jornalista Roberta Sampaio em seu portal F5 Alagoas, criou uma polêmica sem precedentes nas redes sociais.

Muitas pessoas passaram a elogiar a atitude do vereador Toninho Garrote (que já conta com 4 votos declarados de seus pares) e outras pessoas criticaram achando que o parlamentar autor da ideia está apenas querendo fazer “demagogia” ou querendo ganhar simpatia.

Um dos colegas do parlamentar que foi às redes sociais criticar a proposta foi o campeão de votos na última eleição “Val Enfermeiro”, que “assassinando o português” em texto escrito no facebook – afirmou ser “hipocrisia pura” o projeto de Garrote.

(Sic)“É ipocresia pura!!! para o bom político q ajuda aos q o procuram e tem q se deslocar para visitar diversas regiões do município p? ficar a par das nessecidades sabe quanto isso custa. E esse moço teria q mudar a Constituição ou o orçamento para poder diminuir o duodécimo e ai sim causar algum tipo d economia aos cofres públicos. Mas ele ainda não estar PODENDO!!!””

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E você caro leitor, irá a sessão de quarta-feira (06)?

o que acha do projeto?

O vereador deve ganhar salário mínimo como subsídio ou não?