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Tradição, bordado Filé faz parte da vida dos artesãos do Pontal da Barra

07/08/2017
Tradição, bordado Filé faz parte da vida dos artesãos do Pontal da Barra
Bairro do Pontal da Barra é referência do artesanato, na linha de bordados, como Filé, renda e labirinto. Ascom

Bairro do Pontal da Barra é referência do artesanato, na linha de bordados, como Filé, renda e labirinto. Ascom

É às margens da Lagoa Mundaú que centenas de mulheres do bairro Pontal da Barra tecem cores, formas e porque não vidas? As mãos habilidosas, muitas vezes acostumadas a trabalhar desde cedo, carregam em si mais que movimentos cravados na memória. São mãos que contam histórias. São contos que têm como enredo o Filé, bordado que, ponto a ponto, desenha e escreve a vida de cada artesã.

O Filé é passado como herança entre a maioria das residentes do histórico bairro do Pontal. De mão e mão os produtos, que chamam a atenção de quem passa pelas ruas, ajudam a complementar a renda da maioria das artesãs. Para Dona Tânia, nascida e criada no bairro, o Filé faz parte de sua vida desde seus primeiros passos.

“Na minha família o bordado é passado por gerações, aprendi com minha mãe e avó e passei para todos os meus filhos. É uma cultura que faz parte da minha vida”, afirma a artesã.

Para que a tradição continue é preciso lutar por ideais. Esse é o caso da artesã Lígia Mirin, atualmente presidente da Associação dos Artesãos do Pontal da Barra. “Estar à frente da Associação é gratificante, mas, também, é cansativo. É um trabalho árduo. Eu, junto com tantos outros artesãos, lutamos para mantermos viva essa tradição no nosso Estado. Tentamos fazer produtos diferentes para que, assim, possamos melhorar o fluxo e o tempo do turista aqui em Alagoas”, conta Lígia.

Ainda segundo a presidente da Associação, o artesanato gera um bom número de empregos indiretos. “Resolvemos criar a Associação para lutarmos juntos por um mesmo ideal, que é a melhoria de vida, do trabalho, da infraestrutura. Só aqui no Pontal mil mulheres bordam o Filé e compramos também a produção de outras associações, gerando assim 15 mil empregos indiretos”.

Entre suas cores e linhas, o Filé, que se destaca onde está presente, ainda precisa, assim como toda a cultura que o cerca, ser mais valorizado pelo alagoano. “Nós precisamos conhecer o que temos, o que produzimos e, acima de tudo, nos valorizarmos mais”, finaliza Lígia.

É às margens da Lagoa Mundaú que centenas de mulheres do bairro Pontal da Barra tecem cores, formas e porque não vidas? As mãos habilidosas, muitas vezes acostumadas a trabalhar desde cedo, carregam em si mais que movimentos cravados na memória. São mãos que contam histórias. São contos que têm como enredo o Filé, bordado que, ponto a ponto, desenha e escreve a vida de cada artesã.

O Filé é passado como herança entre a maioria das residentes do histórico bairro do Pontal. De mão e mão os produtos, que chamam a atenção de quem passa pelas ruas, ajudam a complementar a renda da maioria das artesãs. Para Dona Tânia, nascida e criada no bairro, o Filé faz parte de sua vida desde seus primeiros passos.

“Na minha família o bordado é passado por gerações, aprendi com minha mãe e avó e passei para todos os meus filhos. É uma cultura que faz parte da minha vida”, afirma a artesã.

Para que a tradição continue é preciso lutar por ideais. Esse é o caso da artesã Lígia Mirin, atualmente presidente da Associação dos Artesãos do Pontal da Barra. “Estar à frente da Associação é gratificante, mas, também, é cansativo. É um trabalho árduo. Eu, junto com tantos outros artesãos, lutamos para mantermos viva essa tradição no nosso Estado. Tentamos fazer produtos diferentes para que, assim, possamos melhorar o fluxo e o tempo do turista aqui em Alagoas”, conta Lígia.

Ainda segundo a presidente da Associação, o artesanato gera um bom número de empregos indiretos. “Resolvemos criar a Associação para lutarmos juntos por um mesmo ideal, que é a melhoria de vida, do trabalho, da infraestrutura. Só aqui no Pontal mil mulheres bordam o Filé e compramos também a produção de outras associações, gerando assim 15 mil empregos indiretos”.

Entre suas cores e linhas, o Filé, que se destaca onde está presente, ainda precisa, assim como toda a cultura que o cerca, ser mais valorizado pelo alagoano. “Nós precisamos conhecer o que temos, o que produzimos e, acima de tudo, nos valorizarmos mais”, finaliza Lígia.

Patrimônio Imaterial

Por decisão unânime do Conselho Estadual de Cultura, o bordado Filé se tornou Patrimônio Imaterial de Alagoas em março de 2014.

De acordo com a secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas, ainda não existem ações que incentivem o desenvolvimento dos bens imateriais no Estado, mas ressalta a importância de um debate constante das políticas públicas voltadas para a cultura e que tragam, segundo ela, “um retorno positivo no sentido de resignificar e fomentar a cultura em Alagoas”.

“Hoje, o Filé é um ícone territorial, uma identidade visual da nossa terra, que possibilita uma retroalimentação de significados. O registro é importante, mas a valorização da população é mais ainda. O Governo de Alagoas trabalha para difundir, desenvolver e valorizar a cultura alagoana”, frisou a titular da pasta.

Pontal da Barra

O Pontal da Barra, bairro da Zona Sul de Maceió, é localizado às margens da exuberante Lagoa Mundaú. O bairro é referência do artesanato, na linha de bordados, como Filé, renda e labirinto, e se destaca também na gastronomia, com restaurantes e bares que servem frutos do mar e da lagoa.