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O Professor dos Alunos Especiais

18/08/2017
O Professor dos Alunos Especiais

Há um trabalho de Carmem Lúcia de Oliveira Vanderley sob o título “O papel do pedagogo na educação de crianças com necessidades especiais”. O aludido trabalho foi realizado para o mestrado educacional, interdisciplinaridade e subjetividade.

Colhi alguns dados do referido trabalho para se ter alguma ideia do que aconteceu no passado e do que se realiza no presente.

Na antiguidade, sabe-se que na Grécia e na Itália havia a prática de abandonar a criança que, ao nascer, apresentasse alguma necessidade especial. Tanto a criança recém-nascida do sexo masculino ou do sexo feminino era colocada aos pés do pai a fim de que ele decidisse se a criança devia viver ou morrer.

No século Xlll começou a existir na Bélgica a primeira instituição para pessoas que recebiam atendimento sistemático. No século seguinte houve progresso em relação ao atendimento às crianças com deficiências.

A verdade é que foram surgindo cuidados especiais com os deficientes e no começo do século XX começaram a funcionar as escolas para crianças com deficiências, pois já se acreditava que elas tinham capacidade de aprender mais do que se pensava anteriormente.

“A década de 1970 pode ser considerada um período de grandes avanços, no âmbito da educação especial, pois as áreas de pedagogia e psicologia evoluíram a ponto de redefinir a proposta para o atendimento das pessoas com necessidades especiais na sala de aula comum, considerando que, quando colocado em contacto com os outros os indivíduos com necessidades especiais poderiam superar as dificuldades e limitações, aprendendo igualmente aos demais envolvidos, tendo reduzido o seu quadro de deficiências”.

A verdade é que 1975, com a lei nº 94.142 surgiu a proposta de Educação Inclusiva nos Estados Unidos, dando enfoque à matrícula de alunos com necessidades especiais nas escolas comuns das redes.

Diz a autora da tese sobre educação que esta começou a estabelecer-se durante o período da Ditadura Militar, mais especificamente durante o chamado milagre econômico, quando os sinais do desenvolvimento aumentaram de maneira clara e insofismável.
A lei de Diretrizes e Bases da Educação, que ratifica o direito dos excepcionais à educação, lembra em seu artigo 88 que, para incluí-los na comunidade, sua educação necessitará moldar-se no sistema geral de educação.

A educação para todos está amparada pela constituição de 1988. Inclui, por conseguinte, as pessoas com deficiência. Contudo mister se faz aplicar este movimento de inclusão social, pois não basta sua regulamentação se não estão garantidos os meios necessários à sua efetivação.

Eis a conclusão do trabalho: “É natural que cada profissional envolvido pela interdisciplinaridade desse trabalho no meio escolar utilize em seus conteúdos métodos que contribuam para a formação e o desenvolvimento dos alunos, permitindo que todos os alunos, sejam eles com ou sem necessidade especial, possam ser inseridos de forma satisfatória e com devidas condições de qualidade”.