Cidades

ONU visita comunidades e avalia impacto de intervenções do Estado nas grotas de Maceió

04/07/2017
ONU visita comunidades e avalia impacto de intervenções do Estado nas grotas de Maceió
Acompanhados do secretário Mozart Amaral e de lideranças, oficial sênior da ONU Habitat, Alain Grimard, e a oficial nacional, Rayne Ferretti, visitaram comunidades e avaliaram andamento do programa coordenador pelo Governo de Alagoas que já transformou a vida de moradores de 76 grotas em Maceió. Neno Canuto

Acompanhados do secretário Mozart Amaral e de lideranças, oficial sênior da ONU Habitat, Alain Grimard, e a oficial nacional, Rayne Ferretti, visitaram comunidades e avaliaram andamento do programa coordenador pelo Governo de Alagoas que já transformou a vida de moradores de 76 grotas em Maceió. Neno Canuto

Uma comitiva da Organização das Nações Unidas (ONU) visitou nessa segunda-feira (3) duas comunidades beneficiadas com as intervenções promovidas pelo programa Pequenas Obras, Grandes Mudanças, que passa a se chamar oficialmente Vida Nova nas Grotas a partir desta terça-feira (4), com a apresentação, pelo governador Renan Filho, das novas estratégias adotadas pelo programa para inclusão produtiva, desenvolvimento econômico e social dos moradores de 76 grotas de Maceió.

O oficial internacional sênior do organismo da ONU para a Habitação (ONU Habitat), Alain Grimard, e a oficial nacional, Rayne Ferretti, estão em Alagoas para avaliar o andamento do programa e reafirmar a parceria com o Governo do Estado para ampliação das ações a partir de estratégias de desenvolvimento econômico e social das comunidades e a inclusão de novos projetos no arcabouço do Vida Nova nas Grotas.

A visita às comunidades começou pela grota do Pau D’Arco, no bairro do Jacintinho. Em seguida, a comitiva da ONU Habitat, acompanhada do secretário de Estado do Transporte e Desenvolvimento Urbano, Mosart Amaral, e de técnicos de diversos setores do Governo de Alagoas, seguiu para a grota do Canaã, no bairro do Ouro Preto.

Os representantes da ONU ouviram os relatos de dezenas de moradores das duas comunidades, como a dona de casa Neide dos Santos, que mora há 27 anos na grota do Pau D’Arco.

“Melhorou muita coisa, principalmente pra gente subir e descer. Quando chovia aqui, era uma tristeza, tudo cheio de barro. Nessa chuva que caiu no mês passado, não teve problema. A gente subia pra comprar as coisas e descia sem medo. A gente agradece muito ao governador e a essa equipe por essa mudança. Só Deus é quem pode pagar”, disse a dona de casa.

De acordo com o oficial sênior da ONU, Alain Grimard, a avaliação do trabalho executado pelo Estado é bastante positiva.

“Podemos ver que existe uma vontade muito grande das autoridades do Estado e das comunidades de mudar as coisas, para promover a melhoria das condições de vida de quem mora nas grotas. Também vimos aqui a vontade dos moradores, através das associações, de colaborar. É preciso manter o diálogo com os moradores para buscar, juntos, soluções que venham beneficiar a todos”, observou Grimard.

Após as visitas, o grupo se reuniu com 60 lideranças comunitárias no bairro do Feitosa para debater os impactos das intervenções no cotidiano os moradores e as expectativas para as próximas etapas do programa.

O presidente do movimento Humanização das Grotas, Robson Lima, destacou a importância das obras já executadas e a confiança das comunidades na ampliação das ações.

“Hoje nós não pedimos mais escadarias e pontilhões, porque temos um Governo que está fazendo isso. As obras que foram feitas nas grotas de Maceió impediram que as chuvas de maio e junho causassem uma verdadeira uma tragédia. Essas obras salvaram vidas. Sabemos que elas vão chegar A todas as comunidades, mas queremos que o programa vá além disso, que traga saneamento, saúde e educação”, disse o líder comunitário.

Segundo a oficial nacional, Rayne Ferretti, o próximo passo do Vida Nova nas Grotas, com a suporte da ONU, é a implementação das políticas públicas voltadas para o desenvolvimento social e econômico das comunidades.

“Nós verificamos hoje que as obras estão bem adiantadas e que os moradores estão muito orgulhosos, com a autoestima bem elevada. As obras foram focadas na questão da acessibilidade, que era algo muito necessário, que fez muita diferença nas chuvas que estão caindo na cidade. Agora, outros temas vão surgindo, temas sociais, temas de inclusão produtiva, e a ONU está à disposição para ajudar nisso”, garantiu Rayne Ferretti.

O presidente da Associação de Moradores da Aldeia do Índio, José de Almeida Costa, resumiu o sentimento das lideranças comunitárias com relação ao Vida Nova nas Grotas. “A gente precisava quebrar esse tabu e mostrar que tem gente de bem nas grotas, que as pessoas podem descer ali e ver as ruas e as casas arrumadas. Era essa valorização que as pessoas que vivem nas grotas estavam precisando e é isso que este Governo está fazendo”, disse.

De acordo com o planejamento do Governo de Alagoas, 76 comunidades de Maceió serão atendidas pelo Vida Nova nas Grotas até o final de 2018. Até o momento, 25 já receberam os serviços e outras 15 deverão ser beneficiadas ainda este ano. Em 2018, 36 outras comunidades serão contempladas.