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Confiança do empresário de Maceió diminui pelo segundo mês

28/07/2017
Confiança do empresário de Maceió diminui pelo segundo mês

Pelo segundo mês consecutivo, a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) de Maceió, em julho, se retrai, conforme levantamento do Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A política econômica aplicada pelo Governo Federal tem interferência nesse resultado. A redução da confiança em relação a junho corresponde a 2%. Ao longo de 12 meses (entre julho de 2017 e julho de 2016), a confiança demonstra resultado superior de 11,8%.

Para o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, o aumento da tributação do PIS-Cofins, de energia elétrica e o anúncio de que haverá mais reajustes de preços dos combustíveis influenciam a confiança do empresário. “Essas medidas engessam a atividade e criam incertezas futuras sobre a manutenção de seus empreendimentos”, explicou.

A composição do indicador da confiança dos empresários do comércio é formada por três importantes subindicadores. O índice de confiança atual dos empresários do Comércio, o índice de expectativas do empresário do Comércio e o índice de investimentos do empresário do Comércio. O primeiro índice indica as perspectivas de vendas do comércio, da economia e da política do governo no curto prazo, apontando uma leve melhora entre julho em relação a junho de 1,6%.

Os empresários começam a ceder sua confiança sobre o futuro de médio prazo, que é um horizonte até o final do ano. Com isso, aponta a fragilidade da economia em relação a maior interferência sobre a renda das famílias e empresários, traduzida na forma de mais tributos. “Esse cenário vem gerando queda na confiança desde maio, de 2,16% em comparação ao mês de junho”, ressaltou.

Como o médio prazo é incerto, a intenção de investir também acompanha essa tendência. Em julho, a queda em relação ao mês anterior é de 4,7%, o que afeta os investimentos produtivos que movimentam cadeias de consumo e reduz as possibilidades de recontratação de trabalhadores. Foram entrevistados 189 empresários do setor em Maceió.