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Putin vê novas sanções dos EUA como prejudiciais, mas não anuncia represálias

17/06/2017
Putin vê novas sanções dos EUA como prejudiciais, mas não anuncia represálias

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste sábado considerar “prejudiciais” as novas sanções contra o Kremlin aprovadas pelo Senado dos Estados Unidos, mas considerou prematuro falar em represálias.

“Certamente, [a aplicação de novas sanções] complicará as relações russo-americanas. Considero que é algo prejudicial”, disse o chefe de Estado à rede de televisão pública de seu país.

Porém, Putin evitou falar em medidas de resposta da Rússia antes de as sanções serem colocadas em prática.

“Seja como for e independentemente das decisões que cheguem do outro lado do oceano, isso não nos levará a um beco sem saída”, disse.

Em seu tradicional programa Linha Direta com os Cidadãos, Putin já havia declarado nesta semana que, segundo a ONU, as sanções custaram o dobro aos países ocidentais em relação à Rússia (US$ 100 bilhões contra US$ 52 bilhões).

O Senado dos EUA aprovou na última quarta-feira uma nova lei para incrementar as sanções contra a Rússia como resposta à sua suposta ingerência nas eleições presidenciais de 2016, apesar de a Casa Branca e o Departamento de Estado terem se mostrado contrários.

O plano, que ainda precisa de aval da Câmara de Representantes e da Casa Branca, ampliaria as sanções aos setores de defesa e inteligência militar da Rússia e aos responsáveis por ciberataques.

Além de Putin, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, também criticou as sanções contra a Rússia, alegando que a lei em questão afeta a construção de um gasoduto através do mar Báltico e prejudica empresas europeias.

Por outro lado, a chanceler considerou “corretas” as sanções aprovadas em seu devido momento por Washington e a União Europeia pela anexação da Crimeia pela Rússia e a ingerência de Moscou na Ucrânia.