O inolvidável economista inglês John Maynard Keynes ( 1883/1946), autor da famosa obra A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (1936), tirou o Mundo Ocidental da Grande Depressão dos anos trinta. E, por isso, tonou-se expoente máximo na economia moderna. Diga-se, de passagem, marcou uma época de grande importância com a criação da Macroeconomia.

O Professor Adroaldo Moura da Silva escrevendo sua biografia, traça o perfil do economista e, ao mesmo tempo, enaltece seu posicionamento contra a Lei de Say, dando-lhe novo ordenamento econômico na magnitude da economia como um todo.

“ Discutir as contribuições de um livro tão polêmico quanto a Teoria Geral talvez seja imprudência. Centenas de autores continuam a redescobrir uma nova e verdadeira teoria keynesiana a cada ano. O caráter polêmico do livro ainda hoje nutre inúmeras controvérsias. Creio, no entanto, que se possa explicitar de forma simples o conteúdo da mensagem de Keynes. Saiba o leitor, entretanto, que isso poderá despertar iras e amores nos mais insuspeitos escaninhos da profissão. Muitos se julgam isoladamente os verdadeiros cultores de Keynes da Teoria Geral”.

Notadamente, registro que o Lord nasceu em 1946. Coincidentemente, o ano que nasci na minha querida Paulo Jacinto. E, sendo assim, escolhi a profissão do gênio que veio ao mundo a fim de contribuir com a ascensão do emprego/renda advogando a participação do estado nos negócios econômicos.

Analisando as variações de produção e emprego, Keynes concluiu que o fator responsável pela alteração do volume de emprego é a procura da mão-de-obra e não de bens e serviços. O desemprego é o resultado de uma demanda insuficiente de bens/serviços, e só pode ser resolvido por meio de investimentos, o fator dinâmico na economia, capaz de assegurar o pleno emprego. Nas observações keynesianas, as crises econômicas foram relacionadas com as variações no investimento e no consumo.

Dentre as suas principais obras, destacam-se: A Consequência Econômica da Paz, Tratado sobre a Moeda, bem como a Teoria Geral do Emprego, do juro e da Moeda. Merece, pois, fazer uma análise a respeito da tríade.

A primeira, fora escrita depois que ele se demitia da Conferência da Paz em Paris, onde servia como representante oficial do Tesouro Britânico.. Na sua obra, tratou de problemas monetários e correlato concernente ao pagamento das reparações de guerra pelos alemães. Argumentou, portanto, que esse pagamento reduziria a Alemanha à servidão durante uma geração ou mais e também criaria problemas incomensuráveis para a decadência de toda a vida civilizada na Europa. Nesse sentido, suas palavras foram proféticas após as II Guerra Mundial ( 1939/1945), e, por extensão, renovou interesse para evitar erros do primeiro tratado de paz.

No que diz respeito sobre o Tratado sobre a Moeda, publicado em 1930, fora escrito durante os anos nos quais a Inglaterra e outros países sofriam severas depressões ocasionadas por problemas principalmente resultantes de pertubações do após-guerra ou delas se recuperavam. Nesse livro Keynes se assemelha a dois escritores, Veblen e Mitchel, pelo fato de tender a fazer do dinheiro o tema principal em torno do qual girava toda a economia nacional para exercer o controle sobre a moeda em circulação ( principalmente, sobre os depósitos bancários), para através do mesmo regular a atividade econômica.

E, finalmente, o Tratado Geral do Emprego, do Juro e da Moeda que, por sua vez, fora publicado em 1936. Esta formosa teoria procura demonstrar que os investimentos públicos e privados determinam diretamente a elevação dos níveis de renda e emprego. Defende, além disso, o ponto de vista de que o estímulo consciente da produção de bens de capital e o encorajamento do consumo contribuem para a manutenção do equilíbrio econômico.

Contestou, ainda, as teses marginalistas que supunham uma economia de mercado em que todos os que desejassem trabalhar por uma remuneração correspondente à sua produtividade poderia fazê-lo e, assim, se chegaria a uma situação de equilíbrio automático. Acreditava, portanto, que essa economia jamais haveria superprodução, pois cada venda corresponderia a uma compra ( Lei dos Mercados do Say).

Enquanto Keynes reabilitava o capitalismo, o socialismo se implantava em Democracias Populares. Mas no início dos anos 90 elimina desde os modelos extremos das economias socialistas integralmente planificadas, até as forças políticas locais/regionais, que insistem em apoiar no exacerbado centralismo estatal na política massificadora. Organização: Francis Lawrence.