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Bacia do São Francisco não deverá ter chuvas nos próximos dias

29/05/2017
Bacia do São Francisco não deverá ter chuvas nos próximos dias
Chesf confirmou a prática da vazão de 600 m³/s na bacia do São Francisco a partir desta segunda-feira (Foto: O Estado de Minas)

Chesf confirmou a prática da vazão de 600 m³/s na bacia do São Francisco a partir desta segunda-feira (Foto: O Estado de Minas)

A previsão de chuvas na bacia do São Francisco é praticamente zero para os próximos dias. Quem garante são os técnicos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que fizeram apresentação na manhã desta segunda-feira, 29, durante reunião de avaliação das condições hidrológicas da bacia do São Francisco, promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA) e transmitida por videoconferência para os estados da bacia.

De acordo com o coordenador de Operações do Cemade, Marcelo Seluchi, apesar das chuvas que caíram na última semana entre Alagoas e Pernambuco, não há impactos significativos na bacia do São Francisco e a previsão para as próximas duas semanas são de praticamente nenhuma chuva na bacia. Segundo seu relato na reunião, para os meses de junho até agosto, a previsão de chuvas é apenas para o litoral do Nordeste e a região Norte, sem impactos representativos na bacia hidrográfica.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a defluência em Sobradinho, na Bahia, e em Xingó, reservatório localizado entre os estados de Alagoas e Sergipe, a recomendação é da prática de 600 metros cúbicos por segundo (m³/s). Com isso, a previsão do ONS é de que Sobradinho chegue com o nível de -1,4% de sua capacidade, em novembro. Para que o nível de Xingó chegue a zero, a recomendação é de uma mínima defluência de 570 m³/s.

Ainda durante a avaliação das condições hidrológicas da bacia, a Companhia de Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) confirmou a prática da vazão de 600 m³/s a partir desta segunda-feira, dia 29. O diretor de Operações da empresa, João Henrique Franklin, explicou que problemas mecânicos impediram a defluência inicialmente prevista para a semana passada, mas desde o dia 23, a vazão aplicada em Xingó passou para os 650 m³/s, conforme o previsto inicialmente e reduzido novamente nesse início de semana.

O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) esteve representado na reunião pelo diretor técnico da Peixe Vivo, agência delegatária do colegiado, Alberto Simon.