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Técnico do CSA comenta pressão da torcida: “Preço pela falta de títulos”

18/04/2017
Técnico do CSA comenta pressão da torcida: “Preço pela falta de títulos”

Apesar da classificação para as semifinais do Campeonato Alagoano, ainda não foi desta vez que o CSA saiu de campo aplaudido pelo torcedor. A vitória sofrida diante do Santa Rita no domingo demonstrou a insatisfação de parte dos azulinos com o futebol que vem sendo desempenhado pelo time no estadual. Para o técnico Oliveira Canindé, a pressão vinda das arquibancadas tem explicação.

– Você joga diante do teu torcedor que quer uma vitória e, de preferência, que seja convincente, e a carga vem para você; porque quando está nervoso e, por algum, motivo, a bola não encaixa como você queria, e o torcedor se volta contra, é muito difícil porque você tem uma torcida muito grande e está numa ansiedade muito grande por título; então vem a pressão para todos nós. É normal a cobrança, e nós só precisamos assimilar da melhor maneira possível, nos concentrarmos no que precisamos fazer e fazermos. Porque jogos difíceis nós sempre teremos, principalmente daqui para a frente, porque é o preço que é uma equipe como o CSA paga por não ter títulos há muito tempo e você jogar todas as fichas em cima dessa competição – assegurou.

Para o treinador, a melhor forma de blindar os atletas dessa cobrança é manter o diálogo e passar tranquilidade ao grupo.

– Então é sabermos levar, conduzirmos da melhor maneira possível, conversarmos com o grupo, conscientizarmos esses atletas das dificuldades que teremos, mas da capacidade que eles têm de superarem esses momentos e chegarmos com a força necessária e brigarmos pelo título, de preferência conseguindo já que não só o torcedor, mas todos nós queremos muito que isso ocorra – afirmou.

Mesmo entendendo a cobrança da maior parte da torcida, Oliveira Canindé destacou que é preciso ressaltar que o elenco azulino conta com atletas jovens. Ele também fez questão de destacar que, mesmo das limitações, não falta entrega do grupo.

– Nós não podemos esquecer que são garotos; que o Jacó tem 20 anos, que o Jeam tem 20 anos … Se você cobrar demais, exigir demais, você pode não ter aquilo que você gostaria de ter. Então, com os pés no chão, com tranquilidade, nós vamos conscientizando o grupo, trabalhando, para que eles não sintam no momento em que perderem as oportunidades, como nós perdemos. Mas eu não posso reclamar da minha equipe pela entrega, é bom que o torcedor entenda que nós podemos ter algumas limitações, como nós temos, mas somos ilimitados no que diz respeito a disposição, porque nós sabemos a camisa que nós vestimos e a torcida para quem trabalhamos – concluiu.

CSA x Santa Rita (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas)