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Princípio da Demanda Efetiva

08/04/2017
Princípio da Demanda Efetiva

Nos séculos XVIII/XIX, os notáveis economistas Adam Smith, rei do Liberalismo Econômico, Ricardo, Say, apregoavam o pleno emprego, ou seja, todos recursos utilizados no processo produtivo, criando uma lei que dizia que a oferta cria a sua própria demanda.

Dir-ser-ia que a Escola Clássica deu-se a sistematização do estudo das Ciências Econômicas com o advento da Grande obra – A Riqueza das Nações – onde em 1776, estabelecia-se a conformidade de não intervenção do Estado na Economia.

Entretanto, esta teoria clássica não previra as crises no sistema capitalista, e por conseguinte, não haveria desemprego no sistema econômico. E, sendo assim, a “mão invisível” norteava o mercado como um todo.

Contudo, com a queda da Bolsa de Valores em 1929, deu-se a queda da produção nos EUA e, consequente, no mundo ocidental. E, por isso, a tese do pleno emprego que estabelecia o equilíbrio entre a oferta e a procura.

Nesse sentido, o economista John Maynard Keynes suplantou a teoria clássica criando o Princípio da Demanda Efetiva que, por sinal, contradiz que a oferta cria sua própria demanda. E, sendo assim, defendeu que a demanda determina o nível da produção.

Deu-se, entretanto, a derrocada da teoria clássica, prevalecendo a teoria do Lord inglês no ordenamento econômico. Aliás, esse princípio tirou o mundo da Grande Recessão Econômica durante toda década de trinta.

Segundo Keynes, toda a renda não era alocada na produção, e sim parte dela dirigia-se ao Sistema Financeiro que oferece a remuneração do capital através dos bancos.

Assim sendo, o autor do Princípio da Demanda Efetiva deu ênfase ao Sistema Financeiro alegando que os proprietários do dinheiro obtinham lucro com suas aplicações.

Os agentes econômicos, por sua vez, passaram a usar esse procedimento no tocante à produção, bem como ao rendimento do dinheiro aplicado.