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Luciano Barbosa diz que educação de Alagoas estará entre as 10 primeiras do Brasil em 2018

12/04/2017
Luciano Barbosa diz que educação de Alagoas estará entre as 10 primeiras do Brasil em 2018
 Barbosa: “São 22 por cento de analfabetos negligenciados, por pura falta de atenção do Estado”, lamenta. (Foto: Kevyn Rodrigues)


Barbosa: “São 22 por cento de analfabetos negligenciados, por pura falta de atenção do Estado”, lamenta. (Foto: Kevyn Rodrigues)

Escolas com 40 por cento de reprovação de alunos e Alagoas com o segundo pior índice de educação do País. Esta história vai mudar. No dia 17 de março foi lançado, pelo governador Renan Filho e pelo secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, o ‘Programa Escola 10’ em Alagoas. Nesta semana, o secretário esteve em Palmeira dos Índios, onde, em uma sessão na Câmara de Vereadores, detalhou como o projeto está sendo implantado, seus prazos e principais objetivos. “Esse programa é uma articulação entre o governo estadual e todos os municípios, com a grande meta de melhorar a qualidade de ensino das escolas fundamentais do nosso Estado”, reforçou, lembrando que são 1.793 escolas que se enquadram nesse projeto.

“Nosso foco é melhorar o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), melhorar os índices de alfabetização e combater a evasão escolar. Queremos, a partir de 2018 estar entre os dez estados do País na área da educação; por isso, esse esforço concentrado para sair do penúltima lugar na educação brasileira”, avalia, comentando que esse programa avalia a dificuldade de cada criança. Caso constatada a dificuldade, a carga horário do aluno é ampliada em duas horas, nas matérias de português e matemática.

Barbosa desaprova a teoria das escolas que prefere reprovar os alunos, ao invés de ensiná-los. “Achamos um absurdo escolas em Alagoas, que chegam a atingir índices de 40 por cento de reprovação. Neste caso, fica claro que o problema é do ensino, não dos alunos. Também já ficou provado que alunos reprovados mais de uma vez acabam optando por deixar a escola”, argumenta Luciano Barbosa, que, entre cargos locais e federais, foi prefeito de Arapiraca por dois mandatos, quando deixou 10 escolas em tempo integral.

Como secretário de Educação de Alagoas, implantou 35 escolas em tempo integral (pegou o governo sem nenhuma). “      Nosso grande desafio é melhorar a qualidade do ensino médio, abrangendo 5.600 alunos. Queremos fechar o governo com 50 dessas escolas em funcionamento”.

FUTURO POLÍTICO

Muitas são as especulações em torno do futuro político de Luciano Barbosa, natural de Palmeira dos Índios, engenheiro civil com mestrado em Economia pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos; foi secretário de Educação da Prefeitura de Arapiraca no governo Severino Leão;  secretário de Finanças e de Saúde da Prefeitura de Arapiraca; secretário estadual dos Transportes e Obras e de Administração; coordenador do Programa de Desligamento Voluntário (PDV) e secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério da Justiça, na gestão do senador Renan Calheiros.

Também foi ministro da Integração Nacional e, por duas vezes, prefeito de Arapiraca. Barbosa ainda foi eleito presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Para 2018, Luciano Barbosa acredita que as eleições ‘ainda estão muito distantes’, mas avalia que, se o seu desempenho como vice-governador e como secretário de Educação estiverem avaliados como satisfatórios, ele deverá, naturalmente, ser novamente o candidato a vice na chapa do governador Renan Filho. Os dois pertencem ao PMDB, mas como a disputa do próximo ano promete ser bastante acirrada – o prefeito tucano Rui Palmeira é virtualmente candidato ao governo – é bastante provável que Renan Filho possa compor com outra sigla para agregar o seu vice.

Programa Escola 10: “Gerações foram condenadas à própria sorte, por culpa do governo estadual”

Segundo Luciano Barbosa, a iniciativa do Programa une Estado e municípios, para garantir os direitos de aprendizagem dos estudantes, em um investimento de R$ 30 milhões.

“Temos que fazer um mutirão, um chamamento para que todos se mobilizem, não pelo governador, não pelo vice-governador, não pelo secretário de Educação, mas pelo povo alagoano. Temos que passar a utilizar uma estrutura, independente de quem esteja no poder público, pela melhoria da qualidade do ensino. Estou neste cargo de secretário de Educação e a minha responsabilidade é não falhar, não iludir”, avaliou.

Ainda segundo Barbosa, a culpa de Alagoas passar anos como um dos últimos na avaliação da educação do País é do governo estadual. “Foram gerações que condenamos à própria sorte”, alegou. “São 22 por cento de analfabetos negligenciados, por pura falta de atenção do Estado”, lamentou, garantindo que ‘a educação não pode ter partido político’, durante pronunciamento na Câmara Municipal de Palmeira dos Índios.

As ações são do programa tem suas ações direcionadas para estudantes do Ensino Fundamental (3º, 5º e 9º anos) e estabelece as seguintes metas: garantir que todos os alunos da rede pública estejam alfabetizados em Língua Portuguesa e Matemática até o final do 3º ano do Ensino Fundamental; reduzir os índices de analfabetismo, evasão escolar e distorção idade-série (atraso escolar); melhorar a aprendizagem de estudantes do 5º e 9º anos e aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).

O Governo vai oferecer apoio técnico e financeiro para os municípios que fizerem adesão ao programa de forma a implementar as ações acordadas entre ambas as partes.

“Esta parceria com os municípios chega em boa hora, pois eles são responsáveis por 95% das matrículas do 1º ao 5º ano e 75% das matrículas do 6º ao 9º ano. Temos uma grande dívida social com a nossa juventude e este programa afirma que a Educação é a nossa prioridade maior”, destaca o vice-governador e secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa.

O programa contará com formações de professores e aplicação de avaliação que servirá como um diagnóstico do nível de aprendizagem de alunos do 5º e 9ª anos. “Também trabalharemos no fortalecimento do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa , o PNAIC, e em ações de correção de fluxo que refletirão na redução do abandono escolar”, complementa o secretário.

Desde 2015, a Secretaria da Educação tem se preocupado em estimular a presença dos estudantes da rede pública estadual em sala de aula, e, consequentemente, diminuir o número de evasão dos jovens.

Para isto, criou o Programa Alagoano de Ensino Integral. Em 2015, a primeira escola participante da iniciativa foi criada, em 2016 o estado contava com 17 e, em 2017, o número de unidade já chega a 35, beneficiando todas as regiões do estado. Ao total, 5.600 alunos são atendidos pelo programa.

O Estado também oferece cursos profissionalizantes, através da Educação Profissional, onde existem formações como Marketing e Recursos Humanos.

A Secretaria está construindo novos ginásios de esporte. A meta é que, até o final da gestão, em 2018, 100 ginásios sejam entregues. No espaço, além das práticas esportivas, os estudantes podem realizar atividades culturais e feiras de ciências.

Uma das principais ações adotadas pelo vice-governador foi dar protagonismo ao estudante da rede pública estadual. Um exemplo disto foi a realização do I Encontro Estudantil da Rede Pública Estadual, que reuniu jovens das mais de 300 unidades escolares do estado.

O estímulo às diversas atividades científicas também foi uma medida adotada pela Seduc, a exemplo dos 50 laboratórios de robótica, que possibilitam aos alunos a obtenção de um novo conhecimento, além da criação de projetos que podem ser apresentados em eventos de todo o País.

Luciano Barbosa também descentralizou mais de R$ 22 milhões em recursos e criou os programas ‘Escola da Hora’, que dá autonomia às unidades fazer pequenos reparos estruturais, e ‘Escola Web’, que permite a contratação dos serviços de internet, garantindo aos estudantes uma melhor qualidade de ensino nas unidades, pois eles podem realizar simulados on-line e pesquisas pedagógicas.