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Católicos mantém tradição de não comer carne na Sexta-Feira Santa

13/04/2017
Católicos mantém tradição de não comer carne na Sexta-Feira Santa
 Igreja Católica apenas aconselha a abstinência de carne vermelha como gesto de conversão; opção sugere o peixe (Foto: youtube)


Igreja Católica apenas aconselha a abstinência de carne vermelha como gesto de conversão; opção sugere o peixe (Foto: youtube)

Embora alguns dos católicos, praticantes ou não, deixem de comer carne vermelha nas quartas e sexta-feira da Quaresma (período entre a quarta-feira de cinzas e o domingo de Páscoa), a Igreja não considera pecado a quebra dessa tradição, que vem sendo mantida geração após geração. Segundo algumas igrejas, a abstinência da carne nesse período deixou de ser obrigatória.

A atual norma da igreja é que sejam praticados atos de penitência na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa, como forma de sacrifício pela morte de Cristo e também como um gesto de solidariedade para com as pessoas que padecem de fome. Nesse caso, o fiel é aconselhado a fazer apenas uma refeição e abdicar-se de alguma coisa que goste muito, como o refrigerante, sorvete ou cigarro.

Quanto à carne, há a apenas a sugestão de abstinência do alimento, pois o ato de comer carne não é considerado pecado.

Conforme manda a tradição, além de não poder comer carne, na Sexta-Feira Santa seria proibido até mesmo realizar qualquer tipo de atividade, pelo menos até o meio dia. No passado, as mulheres sequer varriam suas casas. Não podia também pagar ou receber alguma conta para não ter contato com dinheiro.

É um costume católico no sentido de reverenciar a memória de Cristo, de não esquecer o sacrifício vivo dele, que derramou seu sangue na cruz para salvar a comunidade de todos os  pecados.

A Igreja Católica vem evitando as palavras ‘obrigação’ e ‘proibição’. Ela apenas aconselha a abstinência de carne vermelha como gesto de conversão. O jejum é uma tradição que surgiu na idade antiga e se consolidou na Idade Média, época em que pessoas humildes raramente provavam carne. Na época, o povo vivia em terras alheias e a carne vermelha era consumida só em banquetes, nas cortes e nas residências dos nobres. Ela tornou-se, então, símbolo da gula, associado ao pecado.