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União Europeia registrou mais de 1,2 milhão de pedidos de asilo em 2016

16/03/2017
União Europeia registrou mais de 1,2 milhão de pedidos de asilo em 2016

Mais de 1,2 milhão de pedidos de asilo foram registrados nos países da União Europeia em 2016, um número próximo do recorde do ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Serviço Europeu de Estatísticas Eurostat.

Os sírios (334.800), afegãos (183.000) e iraquianos (127.000) se mantiveram como “as três principais nacionalidades das pessoas que procuram proteção internacional”, afirma Eurostat.

E a Alemanha ainda é, de longe, o país onde a maioria dos novos pedidos foram registrados (722.300 em 2016, ou 60% do total), seguida pela Itália (121.200), França (76.000) e Grécia (49.900).

Em 2015, os países da UE experimentaram o nível mais elevado já registrado, com cerca de 1,26 milhão de requerentes de asilo. Em comparação, em 2014, cerca de 562.000 pedidos de asilo foram contabilizados.

Chegadas por mar

O ano de 2016 foi marcado por uma queda significativa nas chegadas de migrantes na costa grega, após a conclusão em março de um pacto migratório da UE com Ancara para conter as travessias do Mar Egeu.

De acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), houve cerca de 363.000 chegadas à Europa por mar em 2016, contra mais de um milhão em 2015.

O fato de o número de pedidos de asilo publicado pela Eurostat ter se mantido quase tão elevado em 2016 com em 2015, apesar desta queda, pode ser explicado pelos prazos de registo de pedidos e porque os pedidos nem sempre são registrados no momento da chegada na Europa.

Em proporção à população de cada país, as estatísticas mostram que em 2016 o maior número de pedidos de asilo foi registrado na Alemanha, com a Grécia, Áustria, Malta e Luxemburgo atrás. Quanto aos números mais baixos, sempre em relação à população, foram observados na Eslováquia, Portugal, Romênia, República Tcheca e Estônia.

Os dados do Eurostat referem-se aos “primo-candidatos”, ou seja, pessoas que procuram pela primeira vez asilo nos países da UE. O total europeu pode incluir alguns casos de pessoas que entraram com requisições em mais de um país.