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Mês da mulher: autonomia feminina e cultura da não violência são temas de encontro na Esmal
Promoção à autonomia das mulheres e incentivo à cultura da não violência. Essa foi a tônica do evento “Justiça pela paz em casa”, ação comemorativa ao mês das mulheres promovido pelo Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE) da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal).
O encontro, que aconteceu no auditório da Esmal, reuniu mais de 200 estudantes jovens e adultos de escolas públicas estaduais e municipais. Além deles, estudantes universitários, docentes e gestores da educação pública alagoana participaram do evento.
Segundo a juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), uma das palestrantes da cerimônia, falar sobre violência de gênero, sob as suas diversas perspectivas, nunca é demais, já que o número de casos de agressão contra mulheres continua assustador. Em Maceió cerca de 100 casos de violência contra a mulher são notificados por mês.
A magistrada afirmou que “o assunto precisa ser retomado várias vezes porque há uma cultura a ser modificada”. “Temos que mover as profundas raízes culturais existentes, as quais muitas vezes funcionam como propulsoras da violência familiar”, destacou Lorena.
O juiz Hélio Pinheiro Pinto, que é coordenador do PCJE, observou que “por mais incrível que possa parecer , em pleno século XXI, principalmente devido à cultura machista em que vivemos, ainda há diferenciação entre os gêneros nos direitos sociais, políticos e trabalhistas“. “No mês de mulheres lembramos das lutas e dos desafios para que elas encontrem igualdade de direitos com relação aos homens”, resumiu.
Maristela Pozitano, presidente da organização não-governamental Maceió Voluntário, foi a segunda palestrante da noite. A escritora afirmou que para acabar com a cultura da violência é necessário fazer um “resgate do feminino”, ação que, de acordo com ela, agrega homens e mulheres.
“Esse feminino também pode ser resgatado dentro dos homens, que podem ser educados para modificarem os seus posicionamentos na vida familiar, nas suas relações afetivas e de trabalho”, explicou. Maristela continuou sua fala afirmando que “só é possível mudar essa realidade de violência contra a mulher educando as pessoas que convivem dentro do nosso lar”. “É preciso ensinar valores como o amor, retidão, paz, a serenidade e respeito”, defendeu a escritora.
Participaram do evento Rafael Ribeiro, secretário-executivo da Esmal, representando o diretor-geral da instituição, desembargador Fernando Tourinho; Dileusa Maria Costa Ferro, representando a Secretaria do Estado da Educação (Seduc); Sílvia Regina Cardeal, representando a Secretaria Municipal de Educação (Semed), e a professora Virgínia Ferreira da Silva, também representando a Semed. A cerimônia foi aberta com uma apresentação musical da dupla May Honorato e Misael Dantas.
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