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Hospital Regional implanta terapia dos “polvinhos de crochê” para bebês prematuros

29/03/2017
Hospital Regional implanta terapia dos “polvinhos de crochê” para bebês prematuros
Reprodução

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A iniciativa, inédita em hospitais no Nordeste, é inspirada em uma antiga prática na Dinamarca, e que foi adotada recentemente em algumas maternidades do Sul e Sudeste. Em Arapiraca, a ideia partiu da apoiadora da amamentação, a voluntária Luzandra Gomes, que apresentou a iniciativa ao grupo de profissionais do Complexo Neo.

Entusiasmada com a proposta, a equipe começou a juntar esforços para colocar as mãos, ou melhor, os tentáculos em ação.

“Há relatos de melhoras nas condições gerais dos bebês, que vão desde os batimentos cardíacos ao hábito que eles tinham de tirar os aparelhos, os dispositivos que auxiliam o tratamento nas UTI’s”, relatou a enfermeira Andreia. “Estamos em fase de experiência, mas muito otimistas”, acrescentou.

Ainda segundo a enfermeira, cada bebê tem seu próprio “polvinho-amiguinho”, tendo o direito de levá-lo para casa quando recebe alta.

Quando Laura saiu da Unidade de Terapia Intensiva o projeto ainda não havia começado, mas ela viu a ideia nascendo durante uma conversa entre as profissionais do Hospital Regional e se prontificou a ajudar.

Crocheteira desde menina, enfrentou o desafio de atender todas as novas normas para seu ofício. “Os polvinhos são confeccionados diante de inúmeras regras. Minha filha foi atendida lá. Tudo o que for para ajudar aqueles bebês é válido”, falou Jaqueline.

Segundo o pediatra Clieildo Torres, a técnica não farmacológica tem indícios de contribuir com a recuperação dos recém-nascidos. “Ele remete os bebês ao útero, deixando-os mais confortáveis”, acredita o especialista em UTI Neonatal.

Para atender a demanda, o hospital já conquistou voluntárias em seu próprio quadro, como Socorro Costa, do setor de higienização, crocheteira nas horas vagas. “Nunca tinha feito um polvo, mas para ajudar a gente aprende”, comentou.

Hospital Amigo da Criança, o Regional acredita em terapias que estimulem o relacionamento entre mãe e filhos e que melhorem o atendimento aos pacientes.

“Precisamos sempre avaliar, estudar e relacionar o procedimento e a melhora no tratamento. Pois o mais importante sempre será o bem estar e a saúde de nossos pacientes e seus familiares”, comentou Ulisses Pereira, Diretor Médico do HR.